Seminário mostra elo entre trânsito, saúde pública e preservação de vidas
Em 2021, um motociclista morreu a cada cinco dias, em Campinas, em acidentes de trânsito. A partir de dados como este, do Boletim de Vítimas Fatais 2021, especialistas em saúde e segurança viária debateram o desenvolvimento de ações em prol da vida no trânsito. O encontro aconteceu nesta quarta-feira, dia 25 de maio, em webinar realizado no YouTube, no canal da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec).
Com o tema “Trânsito como uma questão de saúde pública – Um panorama do município de Campinas”, o evento compôs a programação do Movimento Maio Amarelo. Os promotores do debate foram a Emdec com as Secretarias Municipais de Transportes e de Saúde, e a Prefeitura Municipal de Campinas; com o apoio da Iniciativa Bloomberg para Segurança Viária Global (BIGRS), e parceria da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas. A gravação da transmissão, que inclui quatro palestras, segue disponível no canal (www.youtube.com/emdecoficial), na playlist “Live Emdec”.
A mediação foi realizada por Pedro de Paula, diretor nacional da Vital Strategies, entidade global de saúde que trabalha com governos e outras organizações para implementar políticas de saúde pública. Na abertura, o presidente da Emdec, Vinicius Riverete, destacou a importância de manter uma mobilização sobre a pauta. “Quero que as ações do Maio Amarelo continuem o ano todo. Precisamos delas, todos os anos, para chamar a atenção das pessoas e reduzirmos os acidentes”, destacou.
O secretário municipal de Transportes, Fernando de Caires, ressaltou a atuação intersetorial para a continuidade dos trabalhos: “Temos parceiros engajados, cada um com uma visão diferente, em prol de um objetivo que é fundamental quando tratamos de vidas”.
Também participando da abertura, a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), Andrea Paula Bruno Von Zuben, falou sobre o uso de dados para criar políticas públicas. “O dado tem que gerar incômodo, essa sensação de ter algo para fazer”, destacou, lembrando que, se for considerado que a população campineira pode chegar a 80 anos de idade, e que a média de idade das 151 vítimas do trânsito em 2021 era de 40 anos, mais de seis mil anos potenciais de vida foram perdidos.