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Sugestões ao PLC para reabilitação de imóveis no centro são apresentadas

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A equipe da Secretaria Municipal de Planejamento e Urbanismo (Seplurb) realizou na tarde desta sexta-feira, dia 23 de setembro, Audiência Pública sobre a minuta (texto prévio) do projeto de lei complementar (PLC) que concede incentivos urbanísticos e fiscais para reabilitação de imóveis na área central de Campinas. Durante o encontro realizado no Salão Vermelho do Paço Municipal, a secretária-adjunta da pasta, Marcela Pupin, apresentou mudanças já incorporadas a partir de sugestões da sociedade e recebeu novas contribuições para aperfeiçoamento da proposta.

 

Segundo a secretária, que está respondendo pela Seplurb interinamente e presidiu o encontro, foram muitos os subsídios recebidos durante o processo de discussão da minuta, desde agosto. “Nos sete encontros realizados com os vários públicos para construção da proposta que será encaminhada para a Câmara, houve participação de quem mora, de quem participa, de quem faz política pública, de quem quer investir no Centro”, contou ao público na abertura da Audiência Pública.

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Foram 70 contribuições enviadas antecipadamente pela internet e apresentadas pessoalmente durante as discussões do PLC, que visa levar proprietários e investidores a reformar edificações por meio de incentivos urbanísticos e fiscais. A ação é parte do Plano de Requalificação da Área Central (PRAC), o “Nosso Centro”, que reúne várias iniciativas da Prefeitura.

 

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A arquiteta da Seplurb Daniela Zacardi explicou aos presentes no Salão Vermelho as sugestões que já foram analisadas pela equipe do Departamento de Planejamento e Desenvolvimento Urbano (Deplan). Foi incluída a obrigatoriedade da reforma para acessibilidade dos passeios públicos para todos os projetos de reabilitação (não prevista inicialmente). Haverá também a possibilidade de anexação de lote lindeiro, independente de sua área, em construção reabilitada (pela proposta anteior haveria limitação).

 

Uma das propostas acatadas, a ampliação do prazo de três anos para vigência inicial dos incentivos, podendo ser prorrogado por igual período (antes seriam dois anos), exigiu um “esforço importante” do Executivo, avaliou durante a Audiência o diretor da Secretaria Municipal de Finanças, José Alexandre Bento, ao apresentar os incentivos fiscais. “É preciso ter investimento proporcional ao incentivo fiscal que tem que ser atrelado à renúncia fiscal, com a adequação necessária à Lei de Responsabilidade Fiscal”, esclareceu.

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Outra sugestão incorporada é que a estabelece que anova legislação entre em vigor imediatamente após sua promulgação. Anteriormente haveria um prazo para o início da vigência.

 

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Novas contribuições

 

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Representando o Conselho Municipal do Desenvolvimento Urbano (CMDU),o arquiteto e professor da PUC-Campinas Fábio Muzetti compôs a mesa da Audiência Pública e enalteceu a iniciativa do Executivo. “Nos surpreendeu positivamente”, afirmou, destacando que manter as principais regras da lei de uso e ocupação do solo vigente e delimitar o perímetro central já trabalhado em outros projetos e pela Academia são grandes acertos do PLC. O Conselho já se reuniu com a Seplurb para avaliar contribuições.

 

O assessor da presidência da Cohab Campinas Marcelo Ferreira da Silva também esteve no encontro. “É gratificante participar de uma discussão em que se vê a preocupação do Município em buscar soluções para a área central”, declarou na abertura. Segundo ele, o incentivo à ampliação da oferta de moradias no Centro, principalmente aos Empreendimentos Habitacionais de Interesse Social (EHIS), já são regrados por legislação municipal e podem ser combinados com a reabilitação das edificações da região, contribuindo para a redução do déficit habitacional da cidade.

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Durante a Audiência Pública, o presidente do grupo ProUrbe, Eduardo Coelho, entregou as contribuições da entidade, que reúne profissionais como construtores, arquitetos e engenheiros. Para ele, a proposta é bastante complexa e por isso precisa de reflexão aprofundada para ser colocada em prática e gerar os resultados esperados. O documento será analisado e as sugestões poderão fazer parte do PLC a ser enviada à Câmara até o dia 30 de setembro.

 

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Saiba mais

 

O material apresentado pela equipe da Seplurb durante a Audiência Pública desta sexta-feira está disponível no link https://portal-api.campinas.sp.gov.br//sites/default/files/anexos_avulsos/20220923_Apresent_Minuta_Audiencia-1-14_.pdf.

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O objetivo da nova legislação é que as benfeitorias em prédios e casas estimulem a ocupação com mais moradores e comércios, dinamizando o Centro a partir da revitalização das atividades atuais e da atração de novas iniciativas. Proposta prevê três categorias de reabilitação de imóveis: integral, parcial e mínima. Os critérios para cada uma serão detalhados em decreto, junto com a sanção da nova legislação, após aprovação pela Câmara.

 

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Os incentivos fiscais variam de acordo com as categorias de reabilitação: isenção do IPTU durante a obra e alíquota progressiva posterior, que podem chegar a 11 anos; redução para 2% da alíquota do ISSQN para serviços de construção civil; isenção de ITBI para obra e transferências iniciais; e isenção das taxas de licenciamento urbanístico.

 

O projeto cobre uma área da região central que soma 95 hectares. Abrange um polígono formado pelas ruas Marechal Deodoro; Avenida Anchieta/Rua Irmã Serafina; Avenida Moraes Sales; Praça Floriano Peixoto e Rua Dr. Ricardo. São cerca de 1.900 lotes, onde ficam 429 imóveis verticais e 1.400 horizontais. Segundo estimativa da Seplurb, 90% deles podem ser beneficiados (edificações aprovadas antes de 1988).

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