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Enfrentamento do feminicídio mobiliza poder público e sociedade civil

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O seminário “Todos Contra o Feminicídio”, no Salão Vermelho do Paço Municipal, trouxe uma ampla reflexão sobre os serviços e a natureza dessa modalidade de crime. Autoridades do poder público, especialistas e a sociedade civil manifestaram seu repúdio ao feminicídio e expuseram as ações voltadas à repressão ao acolhimento de vítimas e à prevenção do feminicídio. O encontro ocorreu na manhã desta quarta-feira, dia 23.
Segundo prefeito de Campinas, Dário Saadi, o feminicídio é uma vergonha. “O poder público está constantemente se mobilizando de modo a reprimir e coibir essa violência e a reunião de autoridades aqui no Salão Vermelho evidencia esse esforço coletivo”, afirmou.
A secretária de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos, Vandecleya Moro, destacou a importância do tema. “O feminicídio é uma violência extremamente grave que, infelizmente, ainda persiste em nossa sociedade; representa a expressão máxima de um conjunto de violências de gênero que incluem o assédio, a agressão física e psicológica, a exploração e a subjugação da mulher. A acolhida das vítimas, a prevenção do crime e a repressão ao feminicídio são portanto medidas fundamentais para promover uma sociedade mais justa, igualitária e segura”, afirmou.
O evento marcou a Semana Municipal de Combate ao Feminicídio, que foi instituída pela lei 15.848 de 2019 e tem como propósito conscientizar a sociedade sobre esse problema. A data escolhida marca o aniversário do feminicídio de Thaís Fernanda Ribeiro.
No seminário, Ana Claudia Amaral Mendes, do abrigo Sara-M, serviço municipal dedicado à proteção de mulheres vítimas de violência, discutiu o fluxo de atendimento na Rede Protetiva. Sua apresentação foi seguida por uma introdução ao Sisnov, um sistema de registro e suporte a vítimas de violência.
O serviço municipal do Gama (Guarda Amigo da Mulher) destacou seu papel crítico na proteção de mulheres em situações de risco. A delegada Ana Carolina Bacchi, representante da Delegacia de Defesa da Mulher, falou sobre o fluxo de atendimento no órgão, enfatizando o compromisso da polícia em dar suporte às vítimas de violência doméstica. A Major Soraya discutiu o trabalho da Polícia Militar na prevenção do feminicídio e na assistência às vítimas. A pesquisadora da Unicamp Thamiris Gomes Smania apresentou os resultados de sua pesquisa sobre feminicídio, esclarecendo aspectos sociais, culturais e legais dessa forma de violência.
Por fim, depoimentos emocionantes foram compartilhados pela jornalista Valéria Monteiro e pela servidora Geysa Junia Amorim, que já foi vítima de violência doméstica, além de Delfino José Ribeiro, pai de Thais Fernanda, e do padre Antônio Rodrigues Alves, ambos expressando a importância da empatia, do apoio e da conscientização para combater a violência doméstica.
Campinas registrou este ano cinco feminicídios até o momento, sete em 2022, cinco em 2021 e sete em 2020.
Quem foi Thaís Fernanda Ribeiro
Thaís Fernanda Ribeiro morava no bairro Vila San Martin, na Região Norte de Campinas. Tinha 21 anos quando foi assassinada pelo namorado, em 10 de maio de 2019.
Ela trabalhava como operadora de caixa de um supermercado em Barão Geraldo. O assassinato de Thaís gerou grande comoção em Campinas, especialmente na Região Norte da cidade, onde ela vivia.

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