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Um estudo de 34 anos indica um crescente aquecimento em Campinas

em Campinas

Um estudo abrangente realizado ao longo de 34 anos na cidade de Campinas revelou uma tendência de aumento constante nas temperaturas máximas, sinalizando um cenário de aquecimento preocupante.

Durante esse período, a temperatura média máxima se estabeleceu em 28,4 ºC, apontando para uma tendência alarmante de aquecimento ao longo dos anos. Para compreender as anomalias, os pesquisadores consideraram como referência a média de temperatura entre 1989 e 2003.

A análise apontou que no período de 1989 a 2003, a média das temperaturas máximas ficou em 28,05 ºC. No entanto, no subsequente período de 2004 a 2022, essa média aumentou para 28,65 ºC, destacando o claro padrão de aquecimento ao longo do tempo.

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A segmentação por décadas acentuou ainda mais essa tendência: na década de 1990, a média das temperaturas máximas atingiu 27,9 ºC; na década de 2000, subiu para 28,3 ºC; e na década de 2010, alcançou a marca de 29,0 ºC.

Além disso, observou-se que as temperaturas máximas durante os meses de verão aumentaram em média 1,3 ºC, enquanto nos períodos de inverno o aumento foi de 1,8 ºC. O estudo revelou um incremento anual de 0,039 ºC nas temperaturas máximas no verão e de 0,048 ºC no inverno.

Um dado notável é a ocorrência de temporadas de frio extremo, como no outono de 2006, que registrou uma queda de 1,7 ºC em relação à média do mesmo período entre 1989 e 2003. O inverso ocorreu no verão de 2004, com uma redução de 1,98 ºC. De forma intrigante, a partir de 2020, tem-se observado uma diminuição nas temperaturas mínimas, com quedas de 0,2 a 1,0 ºC em diversas estações do ano. Essa variação é atribuída à influência do fenômeno La Niña, que resfriou as águas superficiais do Oceano Pacífico equatorial, trazendo temperaturas mais amenas para a região sudeste do Brasil.

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Outro aspecto alarmante destacado pelo estudo é o aumento acelerado das ondas de calor desde os anos 2000. Essas ondas se caracterizam por períodos prolongados de altas temperaturas. Até 2001, não haviam sido registrados períodos de calor intenso com essa duração. A partir de 2002, esses episódios se tornaram mais frequentes. O primeiro evento significativo ocorreu em 2002, com 16 ocorrências. Embora tenha havido uma pequena queda nos anos subsequentes, as temperaturas voltaram a aumentar significativamente a partir de 2010, com 13 episódios, totalizando 78 dias no ano. O ápice foi em 2014, com 30 dessas ocorrências em Campinas.

As conclusões do estudo ressaltam que a elevação das temperaturas tem implicações sérias e visíveis, como evidenciado pelo verão de 2014, que se apresentou 2,64 ºC mais quente em relação à média do período entre 1989 e 2003. Situações semelhantes ocorreram na primavera de 2012 (+2,43 ºC) e no inverno de 2010 (+1,96 ºC). O contexto do aquecimento também afetou a região sudeste, resultando em crises hídricas e incêndios florestais em 2014. No dia 8 de outubro de 2020, a cidade registrou uma temperatura máxima alarmante de 39 ºC.

fonte Unicamp

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