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Hospital Celso Pierro/PUC inicia restrição a atendimento pelo SUS

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O Hospital e Maternidade Celso Pierro, da PUC-Campinas, inicia nesta segunda-feira (6) uma série de restrições de atendimento para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). O hospital, que é uma das principais referências da Região Metropolitana de Campinas (RMC), só vai receber a partir de hoje casos de emergência, respeitando a capacidade máxima de 20 leitos de internação. O que chegar além disso será redirecionado para outras unidades.

Além do atendimento, uma série de exames laboratoriais também deixarão de ser feitos. O diretor técnico do hospital, Nilton Crepaldi Vicente, informou na última semana que o corte anunciado de R$ 2 milhões de recursos pela Prefeitura obrigou a tomada das medidas. “Temos um convênio com a Secretária de Saúde de Campinas, renovado em junho e que vai até dezembro deste ano, que sofreu um corte de verba de maneira unilateral, que causa sérios problemas e impacta no hospital”, disse Vicente ao site G1 sobre as restrições adotadas pela unidade.

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Segundo o diretor, atualmente 60% dos atendimentos do Pronto-Socorro do Celso Pierro são de pacientes espontâneos, ou seja, não classificados como casos de emergência. “Vamos exigir o refinanciamento. Vamos atender o que está no contrato. O vermelho [classificação de risco], emergência e casos transferidos de outras unidades, respeitando a capacidade máxima de 20 leitos”, avisou.

Esse tipo de medida afeta diretamente o sistema de saúde pública nas cidades da região. “Vai haver aumento na demanda em Valinhos, principalmente de atendimentos na UPA e na busca por exames de laboratório. Moradores de Campinas que possuem parentes e amigos aqui na nossa cidade acabam usando endereços dessas pessoas para serem atendidos”, disse o secretário de Saúde de Valinhos, Nilton Tordin. Segundo ele, a secretaria vai avaliar o impacto das restrições do Celso Pierro em Valinhos para, se necessário, adotar alguma medida. “Não fomos comunicados oficialmente, mas estamos atentos para qualquer problema”, afirmou.

O Celso Pierro tem realizado exames laboratoriais para os prontos atendimentos do Campo Grande e do Anchieta, mas que não fazem parte do contrato. “Nós somos um hospital, não um laboratório. Isso também vai ser suspenso”, avisou. O diretor ainda destacou que tem uma parte do serviço ocioso, à espera de autorização da Prefeitura. “Temos mais de 900 tomografias para fazer, 300 delas da oncologia, para diagnóstico, que nós pedimos autorização para a Secretaria de Saúde e eles não autorizam. Tenho funcionários, equipamento parado, e a secretaria não encaminha a autorização.”

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Para a EPTV, o secretário de Saúde de Campinas, Cármino de Souza, disse que recebeu uma notificação do Celso Pierro e que iria analisá-la. Ele admite que a população deve busca\r atendimento em outros locais, o que deve mudar o cenário em outros postos na região.

Em nota, a secretaria de Saúde “esclarece que os pagamentos feitos à PUC são referentes a procedimentos”. “O que ocorreu no convênio entre a Pasta e o Hospital Celso Pierro foi uma revisão no volume de serviços prestados e não de valores. Atualmente, o convênio com a PUC tem um teto de R$ 9,1 milhões, o que equivale a mais de R$ 100 milhões por ano, e a entidade recebe pelos procedimentos realizados. Até o final de agosto, o teto era de R$ 11,2 milhões, mas esse valor nunca foi atingido pela instituição.”

A secretaria de Saúde informa que “as mudanças no convênio foram discutidas com a PUC entre fevereiro e agosto e só foram aplicadas a partir de setembro”.

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