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Aluno de Ennio Morricone participa de live com Ney Carrasco nesta quinta
“Na primeira manhã de aula me deparei com o espaço com mais de 250 pessoas. Morricone chegou pontualmente com sua esposa, Maria…”. Querem saber a continuidade da história? Basta acompanhar a live do professor Orlando Marcos Martins Mancini, convidado do programa “Papo de Irmão”, apresentado pelo secretário de Cultura de Campinas, Ney Carrasco. O encontro, com o tema “Morricone: Música, Cinema e Paixão”, acontece nesta quinta-feira, 9 de julho, às 19h30, com transmissão pelo canal Cultura Abraça Campinas (youtube.com/CulturaAbraçaCampinas).
Doutor em Música pela Unicamp, onde também atuou como integrante do Grupo de Pesquisa em Música Aplicada à Dramaturgia e ao Audiovisual, Mancini foi aluno do genial mestre Ennio Morricone, considerado o divisor de águas na vasta antologia das trilhas sonoras para cinema. O compositor morreu na última segunda-feira, 6 de julho, aos 91 anos, em Roma, na Itália.
“É difícil transcrever minha experiência pessoal com Morricone. Foi em um curso de verão realizado em 1992, pela Accademia Musicale Chigiana, em Siena, na Itália”, recorda Mancini. “Ele era sisudo e reservado, parecia muito bravo, mas era só aparência”, afirma o aluno que recebeu, do legendário mestre, ensinamentos que valeriam para a vida toda.
“Morricone é uma das principais lendas na criação de trilhas sonoras musicais do cinema mundial”, salienta Mancini. Em seis décadas de atividade, seu nome se distingue em mais de 500 filmes, muitos se tornaram referências no processo do audiovisual, como “a primeira trilogia dos westerns que o consagrou e consolidou a parceria com Sergio Leone, com “Por um Punhado de Dólares”, “Por uns Dólares a Mais” e “O Bom, o Mal e o Feio”; e a segunda trilogia, com, “Era uma Vez no Oeste”, “Era uma Vez a Revolução” e “Era uma Vez na América”.
A música compõe a cena, com uma estética singular, em outras obras-primas, como “1900”, “A Missão”, “Cinema Paradiso”, “Os Intocáveis”, “Os Oito Odiados”, entre outros. Em 2018, Ennio Morricone fez sua última turnê mundial, “talvez sentindo a proximidade da partida”, reflete o aprendiz do gênio.
