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Professor Neno, uma relação de respeito com o vôlei

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Transitar por várias frentes, experimentar oportunidades, alimentar o conhecimento com a impulsividade dos jovens e descobrir a sabedoria com agentes da melhor idade. A vida ligada ao esporte potencializada no seio familiar ganhou forma na construção profissional de Edson (Neno) José Marinelli de Queiroz, professor de Educação Física e de Pedagogia, servidor público da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, que tem com o vôlei uma relação de extremo respeito.

 

 

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Descoberta

Como a intimidade com a bola não passava pelos pés, por que não experimentar com as mãos? As aulas de Educação Física ficaram mais prazerosas a partir do momento que conheceu o vôlei. Sem estatura para ser atacante, se adaptou à função de levantador e, aos poucos, começou a ganhar prestígio e títulos.

Como aluno da Escola Estadual Monsenhor Nora comemorou a conquista dos Jogos Escolares, atuou em final de torneio estadual, além de disputar Jogos Regionais e Jogos Abertos, impulsionado pelas orientações do professor Rizzola Neto, que iniciava a carreira no esporte.

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Aos 17 anos, logo após concluir o “colegial”, Neno prestou vestibular para o curso de Educação Física, na Pontifícia Universidade Católica de Campinas – e foi aprovado. A vontade de se estabelecer em Campinas sem ter que viajar diariamente se consolidou três meses depois de ingressar na faculdade. O Guarani, que tinha um vôlei fortíssimo em nível nacional, abriu as portas para um estágio. Sob a orientação do professor Antônio de Pádua Báfero, como também de Rizzola Neto, encaixava-se a teoria e a prática. 

Pilares do conhecimento  

Ao transformar os ensinamentos dos mestres educadores da faculdade em conhecimentos, as oportunidades profissionais começaram a surgir. A partir da nova perspectiva, surgiu um fator que seria determinante na carreira do professor Neno: o controle emocional para gerir pessoas e grupos.

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A vocação de não se intimidar com os obstáculos alavancou progressos ainda no início de carreira, principalmente porque estava disposto a aprender e a colocar em ação tudo que era de vanguarda relacionado ao vôlei, atletas, táticas e crescimento do esporte no país, que começava a impulsionar uma geração que faria a transição da prata para o ouro, nas décadas de 1980 e 1990.

A fórmula composta pelos pilares do autoconhecimento, aprendizado contínuo e valorização lançou ao mercado um auxiliar técnico que teve, inclusive, experiência no vôlei da Itália. O respeito à essência dos três conceitos empregados e respeitados, também abriu portas para trabalhar no time Lojicred. “Surgiu rápido e acabou de repente, infelizmente”, lembrou o professor Neno. Então, foi preciso recomeçar.

 

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Reviravolta 

Dar aula de Educação Física na Fundação Bradesco para jovens de 10 a 16 anos exigiu uma reengenharia na carreira. O vôlei profissional deu lugar a uma era revitalizadora, na qual as orientações dos alunos passavam pela conscientização da importância da saúde, ligada a cultura corporal e diferentes manifestações do corpo, conforme a faixa etária do aluno. 

 

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Uma vez mais para acompanhar a dinâmica do ensino destinado ao grupo de adolescentes e jovens, foi necessário aprender. O professor Neno voltou para a vida acadêmica e cursou Pedagogia na Faculdade Plínio Augusto do Amaral, em Amparo. Comprometido em demandar conhecimento aos alunos, fez especialização em Teoria do Treinamento, na Unicamp, e cursou MBA em Administração e Marketing Esportivo, na FGV.

 

Servidor público 

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A experiência adquirida nos núcleos acadêmicos direcionada no dia a dia da profissão, o colocou no concurso público realizado pela Prefeitura Municipal de Campinas. Aprovado, foi chamado e efetivado em 2002. Na condição de generalista, iniciou a carreira como funcionário público na Praça de Esportes Tancredo Neves. Como é característica da própria região, o futsal, o futebol e o basquete foram as preferências dos moradores.

O comprometimento do professor Neno rendeu mais responsabilidade para atender moradores de outras regiões da cidade: “Fui chefe de setor na Praça de Esportes Orestes Aulicínio (Santa Mônica) e, depois, no Clube Municipal (31 de Março). Abria às 7h e seguia até às 21h, foram cinco anos bastante intensos”, assegurou. 

Em 2015, apresentou um projeto à Secretaria de Esportes e Lazer com destinação para as pessoas a partir dos 60 anos. Encampou a ideia do vôlei adaptado com resultados extraordinários no campo da recreação e da competição. “É uma ferramenta importante para minimizar os efeitos negativos do envelhecimento, mantendo ativa a função motora. Melhora a qualidade de vida e valoriza o relacionamento humano”, esclareceu.

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No segmento competitivo, as equipes de vôlei adaptado de Campinas, principalmente no feminino, são bastante representativas. Além dos torneios regionais, garantem medalhas importantes para o Município, nos Jogos da Melhor Idade.

Além de atuar como professor e técnico na modalidade, ele integra a coordenadoria de esportes e rendimento da Secretaria de Esportes e Lazer, que premia e acompanha o desempenho acadêmico de atletas bolsistas.

Com 50 bolsas da Faculdade Anhanguera Educacional e 15 bolsas da Faculdade São Francisco, alunos dos cursos de Educação Física, Fisioterapia e Farmácia recebem o benefício de 100% do valor do curso. O professor Neno pontua que as bolsas, além de “incentivo representam a continuidade acadêmica para seguirem se dedicando nos treinamentos”, confirmou.

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O benefício é um estímulo aos atletas que atuam por Campinas nos Jogos Regionais, Jogos Abertos, Jogos da Juventude e competições nacionais, estreitando o relacionamento com os técnicos dos atletas, que atuam em várias modalidades, e com a Coordenadoria de Esportes acompanhando o desenvolvimento da base até o aprimoramento técnico nas equipes de rendimento.

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