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Depois de 50 anos, moradores do J. Palmares são agora oficialmente donos

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A primeira fase da regularização do Núcleo Residencial Jardim Palmares, localizado na região sudoeste do município, área do Jardim Campos Elíseos, foi encerrada na noite desta quinta-feira, dia 30 de junho, com a entrega de 200 títulos de propriedade aos moradores. O evento, realizado no Salão Paroquial da Comunidade Nossa Senhora de Fátima, na Vila Perseu Leite de Bairros, contou com a presença do prefeito Dário Saadi que, junto com autoridades e equipe da Secretaria Municipal de Habitação (Sehab), passou as escrituras dos imóveis às mãos dos agora oficialmente proprietários. 
A infraestrutura do núcleo já compreende rede de água e esgoto, energia elétrica domiciliar e iluminação pública, assim como entrega de correspondência, coleta de lixo e transporte coletivo. A próxima etapa é dotar o bairro de drenagem e asfalto, cujos projetos estão sendo encaminhados.
Os moradores agora possuem a matrícula do imóvel, que equivale ao título de propriedade, emitida pelo cartório de registro de imóveis. Com o documento, a família torna-se oficialmente proprietária, passa a ter segurança jurídica e a poder fazer melhorias, vender ou transferir o bem, agora legitimamente seu.
O prefeito de Campinas, Dário Saadi, afirmou que sua gestão tem buscado acelerar a regularização, proporcionando tranquilidade aos moradores. “Gostaria de parabenizá-los pela luta. Sem a escritura, há sempre uma preocupação, e hoje isso acaba”. Ele também salientou que a equipe da Cohab tem se empenhado muito e agradeceu o trabalho da Câmara Municipal e dos líderes comunitários.
Já o secretário de Habitação e presidente da Companhia de Habitação Popular (Cohab) de Campinas, Arly de Lara Rômeo, disse que é motivo de muita honra poder fazer essa entrega a moradores do núcleo que começou há 51 anos. Ele também falou do eseforço da Cohab: “Temos trabalhado muito para aumentar as entregas. Como dizia uma famoso cartorário, quem não registra, não é dono”.
Também presente no evento, o presidente da Câmara Municipal de Campinas, vereador Zé Carlos, disse saber do sofrimento dos moradores e de não terem perdido a esperança ao longo dos anos. “Hoje vemos a alegria estampada no rosto de cada um de vocês”, comemorou. Já o vereador Jorge Schneider fez questão de enfatizar a agilidade do governo Dário na entrega dos títulos, enquanto o também vereador Edison Ribeiro reforçou a importância de que as pessoas tenham garantido o seu imóvel para morar. 
O coordenador geral da Comunidade Nossa Senhora de Fátima, entidade que cedeu o espaço para o evento, também compôs a mesa.
Desde o início, a gestão Dário Saadi já entregou 4.540 escrituras de imóveis.
Sonho de uma vida
Moradoras do Jardim Palmares há quase 40 anos, as vizinhas Maria Regina Moreira da Silva e Maria Aparecida Zago viam a escritura como a concretização de um sonho. “Significa tudo pra mim. É uma vida de espera”, disse Maria Regina, mãe de duas filhas, uma das quais tinha apenas oito meses quando ela se mudou para o bairro. Já para Maria Aparecida, a noite desta quinta foi uma satisfação. “A gente estava esperando há tanto tempo para esse sonho ser realizado. É uma alegria.” Para ela, a casa é também uma conquista para toda a família: “deixarei de herança para os filhos”.
Outra moradora do bairro, Ana Toscano, ilustrou o que significa ter a tranquilidade e segurança de contar com a escritura da casa registrada em cartório. Ela relatou que esperava ter o documento com o seu nome para poder fazer melhorias no imóvel. “Agora vou poder arrumar a casa. Estou muito feliz”. 
Histórico
A ocupação Núcleo Residencial Jardim Palmares originou-se na década de 70, formada por famílias oriundas do Estado do Paraná, que migraram para Campinas em busca de melhores condições de vida. Os lotes foram instalados em uma área pública municipal, denominada Praça 1 do Jardim Campos Elíseos.
Em uma fala emocionada, a líder comunitária do núcleo, Vera Lucia Mariano da Conceição, relatou que “o primeiro barraquinho” feito na ocupação foi construído pelo seu pai, José Mariano. “Sou da época do querosene, da lamparina”, disse ela, que chegou ao núcleo com apenas um ano de vida. Vera lembrou que muitos dos que começaram a luta já faleceram, mas estavam representados por suas famílias. ” Não tenho palavras para agradecer a Deus por ter chamado a nossa ‘senha’. Nosso bairro é a nossa casa”.

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