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Campinas sediará novo Centro de Competências com investimento de R$ 60 milhões da Embrapii e MCTI

emprapii

O Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) anunciaram, nesta quarta-feira (24), as instituições selecionadas para formação de três Centros de Competência (CCs) Embrapii em áreas de tecnologia de fronteira, como 5G e 6G, tecnologias imersivas para mundos virtuais e Open RAN (Open Radio Access Networks). O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD), localizado em Campinas (SP), está entre os selecionados. No total, serão investidos R$ 180 milhões para a realização de pesquisas em setores de tendências de inovação, formação de competências tecnológicas e apoio ao setor industrial no acessa às possibilidades oferecidas por tecnologias ainda emergentes.

A iniciativa é realizada em parceria com o MCTI, com recursos financeiros oriundos dos Programas Prioritários PPI IoT/Manufatura 4.0. A Chamada Pública 01/2022, que prevê a seleção dos Centros de Competência, foi publicada no último ano, com início do processo de seleção em agosto.

“Estamos recuperando os investimentos na produção de conhecimento, especialmente das tecnologias altamente especializadas. Nesse sentido, os Centros de Competência vão ser fundamentais na estratégia do Governo Federal para a reindustrialização do país em novas bases. Este modelo de apoio à inovação concebido pelo MCTI com a Embrapii significa a união entre a academia e o setor produtivo em busca de soluções para as demandas e desafios da indústria do futuro. Ao criar hubs de inovação, os Centros de Competência Embrapii vão atrair mão de obra qualificada, estimular atividades de pesquisa e desenvolvimento, além de formar recursos humanos e contribuir para o desenvolvimento de soluções de alta complexidade tecnológica”, Luciana Santos, ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação.

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O modelo é inédito no Brasil e estes são os três primeiros de nove Centros de Competência que a Embrapii vai anunciar em todo o Brasil ainda este ano. Ao todo a Embrapii vai investir R$ 495 milhões para criação dos CCs, sem incluir os recursos dos centros de pesquisa selecionados e de parceiros institucionais. Ainda serão anunciados os resultados para as áreas de Terapias Avançadas, Segurança Cibernética; Plataformas de Hardware Inteligentes e Conectados; e Tecnologia Quântica.

“Os Centros de Competência vão construir conhecimento e criar pontos de referência para as pesquisas em áreas de tecnologias de fronteira, cujo desenvolvimento é estruturante e estratégico para o posicionamento do país na economia mundial. Queremos inserir de vez o Brasil dentro do mapa desse novo ecossistema de inovação e em posição de destaque para as pesquisas”, disse Igor Nazareth, presidente interino da Embrapii. 

O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD), em Campinas (SP), vai atuar na temática de Open RAN, que visa o desenvolvimento de tecnologias abertas para infraestrutura de redes de telecomunicações. Atualmente, essas redes são dependentes dos poucos fornecedores e de soluções proprietárias. O Open RAN permitirá que empresas se especializem no desenvolvimento de software e hardware, a partir de especificações abertas, permitindo o surgimento de novas empresas no segmento e tornará mais fácil para que as operadoras de redes utilizem soluções de fornecedores distintos e de novos componentes.

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A intenção do Open RAN é permitir a combinação de soluções tecnológicas, independentemente do fornecedor. A adoção do Open RAN permitirá que os sistemas das operadoras de telecomunicações possam mover seus sistemas para a nuvem, dentro de um processo de virtualização da infraestrutura de rede. 

O Instituto Nacional de Telecomunicações -Inatel, em Santa Rita do Sapucaí (MG), foi selecionado para o Centro de Competência Embrapii na área de tecnologia e infraestruturas de conectividade 5G e 6G. Apesar de já estar em implantação em todo o mundo, atividades de pesquisa ainda estão em andamento para complementar as especificações atuais das redes 5G. Em paralelo, já está em curso em fóruns internacionais e em instituições de pesquisa o desenvolvimento de normas para a próxima geração de redes móveis – o 6G. Ele poderá viabilizar tecnologias que exigem elevadas taxas de transferência, como transporte autônomos, cirurgias à distância, tecnologias vestíveis, entre outros. A tendência é que o 6G possua uma taxa de transferência de 1 terabit por segundo – atingindo, pela primeira vez, a frequência do terahertz (THz) -, enquanto o 5G possui 1 gigabit por segundo – operando nas frequências de gigahertz (GHz).

E, por fim, o Centro de Excelência em Inteligência Artificial da Universidade Federal de Goiás (CEIA-UFG), em Goiânia (GO), foi selecionado para o Centro de Competência Embrapii de tecnologias imersivas aplicadas a mundos virtuais. Serão realizadas pesquisas em tecnologias que visam simular o mundo físico por meio da realidade virtual, criando um sentimento de imersão, estimulando os sentidos – visão, audição, tato, olfato, paladar – e criando sensações reais.

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Investimentos

Os três Centros de Competência Embrapii receberão investimento de R$ 180 milhões, sendo R$ 60 milhões para cada instituição selecionada. Os recursos serão aplicados em um período de 42 meses em uma série de ações que combinam ampliação e fortalecimento de competência científica e tecnológica em PD&I; formação e capacitação de recursos humanos nessas áreas; associação tecnológica e atração e criação de startups.

Os Centros de Competência Embrapii vão potencializar e fortalecer as ICTs que já possuem competência na área temática, bem como desenvolver conhecimentos para atender aos desafios tecnológicos empresariais. Além disso, eles serão hubs de inovação nas regiões das quais estiverem sediados. A presença deles atrai e retém mão de obra qualificada, empresas e investimentos relacionados com atividades de PD&I, gerando um aumento do IDH e do PIB per capita da região.

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Sobre a Embrapii

A Embrapii é uma organização social que atua em cooperação com instituições de pesquisa, públicas ou privadas, para atender ao setor empresarial, com o objetivo de fomentar a inovação na indústria. Para isso, conecta pesquisa e empresas, e divide riscos, ao aportar recursos não reembolsáveis em projetos que levem à introdução de novos produtos e processos no mercado. Para ter acesso ao modelo, a empresa deve apresentar seu desafio tecnológico à Unidade com a competência técnica que se enquadra às necessidades de seu projeto. A Embrapii possui contrato de gestão com o Governo Federal, por meio dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação, da Educação, da Saúde e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

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