A Prefeitura de Campinas inicia nesta quinta-feira, 23 de outubro, a Campanha Natal sem Fome 2025. A prioridade é atender às aproximadamente 2,8 mil famílias do programa Viva Leite. Conforme o volume de doações, os itens também serão destinados à rede socioassistencial do município. As contribuições poderão ser feitas em 23 postos fixos espalhados pela cidade até 15 de dezembro. O Dia D está programado para 8 de novembro no Paço Municipal, das 9h às 14h.

 

Podem ser doados alimentos em embalagens fechadas e dentro do prazo de validade, como arroz, feijão, macarrão, óleo, leite UHT, açúcar, farinha, enlatados, café e biscoitos. Devem ser evitados produtos perecíveis, embalagens abertas ou avariadas e itens próximos do vencimento. A lista completa dos pontos de arrecadação está disponível no hotsite oficial: campinas.sp.gov.br/sites/natalsemfome/a-campanha.

 

“Campinas tem avançado de maneira consistente no enfrentamento da fome e da insegurança alimentar. O Natal sem Fome é uma expressão concreta da solidariedade da nossa população, que entende que o alimento é um direito essencial. Cada doação fortalece nossa rede de proteção e reafirma o compromisso coletivo com uma cidade mais justa e humana”, afirmou Vandecleya Moro, secretária de Desenvolvimento e Assistência Social.

 

A campanha conta com o apoio de veículos e instituições parceiras: EPTV, VTV/SBT, TV Bandeirantes, Rede Família, Grupo Thathi/Record, TV Câmara Campinas, Câmara Municipal de Campinas, Hora Campinas, Sampi, Educa TV, Educativa FM 101,9, Rádio Brasil Campinas, Transamérica Campinas, Correio Popular, Diário Campineiro, Eletrômidia, Ceasa Campinas, Sanasa e Recap (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Campinas). A campanha de 2024 arrecadou 30,6 toneladas.

 

Serviço

Período: de 23 de outubro a 15 de dezembro
Dia D: 8 de novembro (sábado), no Paço Municipal, das 9h às 14h.
Onde doar: 23 postos (endereços no hotsite campinas.sp.gov.br/sites/natalsemfome/postos-de-arrecadacao)
O que doar: alimentos não perecíveis em embalagens fechadas (devem ser evitados produtos com prazo de validade próximos do vencimento).

 

Insegurança alimentar
As ações voltadas ao combate à insegurança alimentar em Campinas são amplas e envolvem diversas iniciativas municipais, estaduais, federais e da sociedade civil, conforme o II Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (Plamsan) que entra em vigor no ano que vem e vai até 2029 (2026-2029).

 

O plano estabelece metas e diretrizes para ampliar o acesso a alimentos de qualidade e à água potável, integrando políticas de saúde, educação e assistência social. Também fortalece a agricultura urbana e familiar e intensifica o combate à fome entre as populações vulneráveis.

 

As principais medidas estruturantes incluem:

  • aumento das compras públicas da agricultura familiar;

  • apoio a cozinhas comunitárias e feiras solidárias;

  • estímulo à agroecologia;

  • criação do Programa de Agricultura Urbana e Periurbana;

  • criação da Central Municipal de Processamento de Alimentos para o beneficiamento de produtos in natura, geração de trabalho e renda e ampliação do acesso a alimentos frescos;

  • previsão de novos pontos públicos de água potável e implantação de uma cozinha comunitária para garantir alimentação e hidratação seguras à população em situação de rua e comunidades vulneráveis;

  • integração de políticas de saúde, educação e assistência social, com monitoramento contínuo pela Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan) e pelo Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (Comsea).
     

Infraestrutura Municipal de Segurança Alimentar

Campinas combina programas de abastecimento, transferência de renda, apoio à produção e oferta de refeições em larga escala:

  • Banco Municipal de Alimentos: atende, em média, 17 mil pessoas por mês;

  • Campinas Solidária e Sustentável: reúne 212 hortas urbanas, institucionais e comunitárias;

  • Nutrir Campinas: opera em duas modalidades — benefício emergencial (11.940 concessões em 2024) e benefício temporário (74.378 famílias em 2024);

  • Cartão Nutrir: oferece um vale-alimentação de R$ 126,89 mensais para famílias em situação de extrema pobreza e pobreza cadastradas no CadÚnico;

  • Programa Municipal de Alimentação Escolar (PMAE): em parceria com o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), serve cerca de 290 mil refeições diárias a estudantes da rede pública;

  • Refeições em abrigos municipais: 109.800 refeições servidas em 2024;

  • Refeições transportadas: 272.651 refeições destinadas à população em situação de rua, migrantes e famílias atingidas por calamidades em 2024;

  • Renda Campinas: beneficiou 25 mil famílias em 2024;

  • Feiras Livres: 128 feiras diurnas e noturnas aproximam produtores e consumidores.

 

Ações em âmbito estadual e federal

  • Projeto Estadual Viva Leite: atende, em média, 2.752 famílias por mês;

  • Restaurante Popular Bom Prato: serve cerca de 80 mil refeições mensais;

  • Programa de Aquisição de Alimentos (PAA): envolve 61 agricultores da região e abastece 42 instituições locais.

 

Participação da sociedade civil

  • Cozinha Solidária São Marcos: prepara cerca de 5.200 refeições por mês;

  • Instituto de Solidariedade para Programas de Alimentação (ISA): atendeu quase 299 mil pessoas em 2024;

  • Sesc Mesa Brasil: beneficiou 5.371 famílias em 2024.