Selic em 5,5%: o que muda para o consumidor?
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou nessa quarta-feira (18) o corte da taxa Selic de 6% para 5,5% ano, a menor taxa da história.
A mudança gera impactos positivos e negativos, como o incentivo ao consumo e a queda da rentabilidade de grande parte dos investimentos.
São eles:
– Revisão das dívidas
O consumidor que tem dívidas de médio e longo prazo, como financiamentos de carro ou casa, pode buscar a reparação nos contratos, que foram firmados sobre juros maiores. Esse é um bom momento para fazer a portabilidade de dívidas e pagar menos juros.
– Incentivo ao consumo
A queda da Selic incentiva o consumo, pois torna mais barata para o consumidor a tomada de empréstimos, como financiamentos, cartão de crédito, cheque especial etc.
– Fôlego na economia
A produção e o crescimento das empresas também são incentivados, tanto pelo estímulo ao consumo, quanto pela queda de juros para a tomada de créditos, que favorece o pagamento das dívidas.
– Queda nos investimentos
Ponto negativo é que grande os investimentos em renda fixa têm seu rendimento atrelados à Selic, logo todos passarão a render menos – com destaque negativo para a poupança.
E agora, onde investir?
Com a mudança, o momento é de análise aprofundada, pois investir apenas na linha que aparentemente tem a maior rentabilidade pode ser uma armadilha, levando até mesmo a prejuízos.
Por mais que os números apontem investimentos a princípio mais vantajosos, vários fatores devem ser avaliados, como impostos e taxas, e o principal critério deve ser o prazo para a realização do sonho: curto, médio ou longo.
Reinaldo Domingos está a frente do canal Dinheiro à Vista. É Doutor em Educação Financeira, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin – www.abefin.org.br) e da DSOP Educação Financeira (www.dsop.com.br). Autor de diversos livros sobre o tema, como o best-seller Terapia Financeira