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Proibido em Campinas, fogos com barulho podem causar lesões irreversíveis

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A chegada de mais um ano não é só motivo de festa, mas também de preocupação para muita gente. É que, em muitos casos, as luzes coloridas que iluminam o céu à meia noite são acompanhadas de barulhos intensos que assustam animais, crianças e principalmente pessoas autistas. Além disso, as explosões dos fogos podem provocar também lesões irreversíveis no corpo, incluindo tímpanos.

O temor com os artefatos também passa pelos riscos de queimaduras graves e outros ferimentos quando há uso incorreto dos fogos.

“A pessoa pode perder a mão, ter os olhos atingidos por fragmentos e pólvora. São traumas severos, em que ela nunca recupera totalmente a função de determinado órgão”, explicou o médico Flávio Nadruz, coordenador do Centro de Tratamento de Queimaduras da Irmandade de Misericórdia de Campinas, que conta com recursos do município.

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A orientação dele para quem for soltar fogos sem estampido no Ano Novo é contratar uma equipe preparada e especializada nesse tipo de operação. “O ideal é não usar, mas se a pessoa for utilizar algum tipo de fogos de artifício que seja consciente, que seja longe de pessoas, que conheça o que aquele produto pode produzir, quais os riscos daquele produto, se assegurar que seja de qualidade garantida, portanto, produzido por empresas profissionais que têm normas de segurança na fabricação”, destacou o médico.

O que diz a lei?

Em Campinas, a soltura de rojões com estampido é proibida desde 2017 em áreas públicas e privadas. Desde 2022, a multa para quem for flagrado está fixada entre 100 e 500 Unidades Fiscais do Município (UFCs), ou seja, pode variar entre R$ 448 e R$ 2.240.

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“A lei fala que a gente pode impor a penalidade de multa em quem for flagrado soltando um rojão. Quem estiver com um produto do tipo já não pode ser penalizado”, ressaltou o Secretário de Cooperação nos Assuntos de Segurança Pública, Christiano Biggi.

O comércio de qualquer tipo de fogos é proibido na cidade desde 1999. “Campinas foi, se não a pioneira, uma das pioneiras em fazer uma legislação específica não só para a soltura, mas também para a venda. E não comercializar aquilo que pode produzir algum risco foi um passo muito importante. A nossa cidade precisa se orgulhar disso”, afirmou Nadruz.

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