Mata de Santa Genebra celebra Dia da Árvore com meta de plantar 20 mil mudas em 2023
A Fundação José Pedro de Oliveira (FJPO), que administra a Mata de Santa Genebra, comemora o Dia da Árvore nesta quinta-feira, 21 de setembro, com o plantio de 70 mudas em conjunto com os alunos da Escola Estadual Professor Coriolano Monteiro, no Jardim Carlos Lourenço.
Neste ano, a Mata já planou 4,3 mil mudas de árvores nativas e frutíferas e a meta é de que, até o final do ano, sejam plantadas mais 15,7 mil.
Entre as espécies nativas nativas utilizadas nos plantios em Áreas de Preservação Permanente e em praças da cidade, destacam-se: Jatobá, araticum, lixa, jaracatiá, pau-viola, peroba-rosa, embaúba, capororoca, jerivá, palmeira-juçara, canelinha, ypê-amarelo, marinheiro, pitanga, uvaia, jequitibá-branco, jequitibá-rosa, copaíba, amendoim-bravo. Há também o plantio de algumas espécies frutíferas, principalmente em praças do município, entre elas jabuticaba, guabiroba, pitanga, uvaia e goiaba.
“Árvore é uma questão de sobrevivência. Quando você planta uma árvore você está plantando um pequeno mundo. A árvore produz oxigênio, água, frutos e cria a refrigeração do local para amenizar a temperatura. A árvore é um micro ecossistema onde vive o passarinho, vivem as abelhas, as borboletas, disse Cidão Santos, presidente da Fundação José Pedro de Oliveira.
Cidão lembra que nós estamos em total desequilíbrio com a questão do aquecimento global. “No Brasil e no mundo estamos agora passando por um superaquecimento – as ondas de calor estão chegando e no interior de São Paulo. Aí ocorrem as tragédias”, diz. “Entendo que o planeta precisa reduzir a queima do combustível fóssil, utilizar mais energia renovável. Mas o que é possível que cada ser humano faça é plantar árvores. Onde está o grande desequilíbrio – aqui no Brasil estamos acabando com o Cerrado e a Mata Atlântica e isso afeta diretamente o clima”, explica.
Banco genético -Dia da Árvore
A Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie) Mata de Santa Genebra é o maior remanescente de Mata Atlântica da Região Metropolitana de Campinas e abriga diversas espécies de árvores raras do Estado de São Paulo, além de ser um importantíssimo banco genético para a conservação da biodiversidade. Espécies centenárias, como a peroba-rosa, o jequitibá-rosa, e o jatobá são gigantes da Mata Atlântica e que possuem pouquíssimos indivíduos remanescentes, fato que aumenta a relevância da Mata como banco genético dessas espécies.
A FJPO tem a competência de conservar e administrar a Mata de Santa Genebra, possibilitando a realização de estudos, pesquisas e outras atividades de caráter científico e cultural. Entre as diversas ações desenvolvidas pela Fundação, pode ser destacada o Viveiro de Mudas Nativas, que tem o objetivo de produzir mudas de espécies nativas da mata para a recuperação de áreas degradadas importantes para a preservação da Unidade.
Em 2022, foram produzidas 10.857 mudas pelo Viveiro, distribuídas em 51 espécies vegetais diferentes, sendo de 28 famílias no total. As espécies produzidas incluem ameaçadas de extinção, como o jatobá (Hymenaea courbaril), o palmito-juçara (Euterpe edulis) e o jequitibá-rosa (Cariniana legalis).
Projeto Gênesis
Já o Projeto Gênesis, também executado pela Fundação, tem como objetivos envolver a sociedade na conservação da biodiversidade regional, promover a conectividade, aumentar e recuperar as áreas florestadas do município de Campinas e promover ações socioambientais, buscando a aproximação e o vínculo com a comunidade, e fortalecendo a ação educadora coletiva pela sustentabilidade. As ações do projeto envolvem desde o plantio de mudas nativas e frutíferas em parques e praças da cidade, até trabalhos de Educação Ambiental, capacitação, reintrodução de espécies de fauna nativa na A.R.I.E. Mata de Santa Genebra e geração de renda.
Nos plantios do Projeto Gênesis, realizados em diversos locais de relevância ecológica para a cidade de Campinas, foram plantadas cerca de 15 mil mudas durante o ano de 2022.
Dia da Árvore
O dia da árvore é comemorado no dia 21 de setembro no Brasil. A data foi escolhida por estar próxima ao início da Primavera. O objetivo da data é estimular ações sobre a importância das árvores para o meio ambiente e para os seres humanos.