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Campinas lança o Movimento Maio Amarelo e divulga dados sobre acidentes

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“Juntos salvamos vidas!” Com esse apelo em prol da segurança viária, a Prefeitura de Campinas lançou oficialmente o Movimento Maio Amarelo 2022, nesta segunda-feira, dia 9 de maio. Como forma de alertar para os índices de mortos e feridos no trânsito, a cerimônia também apresentou o boletim de vítimas fatais de acidentes de trânsito registrados em 2021 no município. No ano passado, 151 pessoas perderam a vida em 144 acidentes fatais nas vias urbanas e rodovias no perímetro urbano. Esse número representa um óbito a cada 2,4 dias.  

 

 

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O Maio Amarelo contempla uma série de ações multisetoriais de conscientização da sociedade para a construção de um trânsito mais seguro. As atividades são coordenadas pela Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) e pela Secretaria Municipal de Transportes (Setransp), e contam com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde e da Iniciativa Bloomberg para Segurança Viária Global (BIGRS).  

 

 

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A mesa de abertura foi composta pelo prefeito Dário Saadi; pelo presidente da Emdec, Vinicius Riverete; pelos secretários municipais Fernando de Caires (Transportes), José Tadeu Jorge (Educação), Fernando Vanin (Esporte e Lazer), Aderval Fernandes (Chefia de Gabinete); pela diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Andrea Von Zuben; e pela comandante da Guarda Municipal, Maria de Lourdes Soares, representando as pastas de Saúde e Segurança Pública, respectivamente. Também estiveram presentes representantes de diversos órgãos parceiros do movimento e familiares de vítimas de acidentes de trânsito ocorridos em 2021 e 2019, respectivamente, Soraya Cristina, irmã de Soliane Cristina Cambuí; e Elisa Lumi Holiguti, mãe de Rafael Holiguti.  

 

 

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Durante o evento, o prefeito assinou decreto regulamentando a Lei nº 14.863/2014, que institui o Maio Amarelo. “Toda vez que vejo uma estatística nesse sentido, reflito que atrás desse número tem o sofrimento da família ou consequências que vão acompanhar as vítimas para o resto da vida. As mortes por acidentes de trânsito são evitáveis, daí a importância do esforço conjunto para o desenvolvimento de políticas públicas nesse sentido”, destacou o prefeito Dário.  

  

 

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O presidente da Emdec lembrou as ações realizadas recentemente para preservar vidas no trânsito. “Lançamos as campanhas educativas ‘3Rs’ e ‘JBD Morte Zero’, que se somaram às ações permanentes de conscientização, operação e fiscalização realizadas para reduzir as mortes no trânsito. Mas é preciso que a sociedade esteja engajada nessa missão, respeitando a sinalização e as leis de trânsito”, disse Riverete.  

 

 

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“Só vamos conseguir efetivamente reduzir o número de mortes e lesões graves se todos fizerem a sua parte em cada atitude tomada no trânsito”, completou o secretário de Transportes, Fernando de Caires. 

 

 

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A representante da Secretaria Municipal de Saúde, Andrea Von Zuben, enfatizou que “quem morre de acidente de trânsito, em geral, são homens, jovens e em idade produtiva. Olhar para esses dados é uma forma de aprimorar as nossas políticas públicas para que Campinas avance na segurança viária”.  

 

 

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O evento contou com um ato simbólico, em memória das 151 vítimas fatais de acidentes de trânsito. Os participantes ocuparam as escadarias do Paço Municipal, vestindo uma camiseta em homenagem às vítimas e segurando bandeiras brancas como símbolo de compromisso pela paz no trânsito. 

 

 

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Boletim de vítimas fatais 2021 

 

Fruto de um trabalho intersetorial realizado pelo Comitê Intersetorial de Análise de Acidentes do Programa Vida no Trânsito, que envolve diversos órgãos, o boletim de vítimas fatais de acidentes de trânsito foi apresentado pelo representante da área de Gestão da Base de Dados da Emdec, Marcelo Araújo Antônio; e pela representante da Secretaria Municipal de Saúde, Ana Paula Crivelaro Ferreira, do Núcleo de Violência e Acidentes da Saúde.  

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Em 2021, 151 pessoas morreram em 144 acidentes fatais em Campinas, sendo 78 (52%) em vias urbanas e 73 (48%) em rodovias no perímetro urbano. O número total de óbitos é 15% menor em relação ao ano de 2012 (177) e 16% maior em relação a 2020 (130).  

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Dos 151 óbitos, 69 eram ocupantes de motocicletas, 41 eram pedestres, 30 eram ocupantes dos demais veículos e 11 eram ciclistas. Oitenta das 151 vítimas fatais se enquadravam na faixa etária de 30 a 59 anos. Os homens representaram 88,1% dos óbitos e as mulheres 11,9%. A análise mostrou ainda que 44% dos acidentes de trânsito registrados em 2021 foram causados por excesso de velocidade e pela combinação entre álcool e direção.   

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Os acidentes fatais envolvendo motociclistas aumentaram 44% em relação a 2020. Foram 48 óbitos em 2020 e 69 em 2021 – sendo 41 mortes em vias urbanas e 28 mortes em rodovias. Dos 69 óbitos, 61 eram condutores de motocicletas (88%) e oito eram passageiros (11%). Cerca de 49% dos motociclistas mortos tinham idade entre 18 e 29 anos; e 90% das vítimas eram homens (62) e 10% eram mulheres (7). 

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A análise mostrou que as estatísticas envolvendo motociclistas explicam o aumento das mortes no trânsito em 2021. Outro fator responsável pelo cenário foi o aumento dos comportamentos de risco durante a pandemia de Covid-19, como excesso de velocidade e beber e dirigir, favorecendo a ocorrência de acidentes com gravidade, apesar da diminuição de veículos nas vias.  

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) utiliza o índice de mortes no trânsito a cada 100 mil habitantes para comparar as condições de segurança viária em todo o mundo. Em 2021, o índice de Campinas ficou em 12,34. O número é 23% menor em relação ao ano de 2012 (16,11) e 15% maior em comparação ao ano de 2020 (10,71). 

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Os números apresentados consideram dados do Instituto Médico Legal (IML), da Polícia Civil, e do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), da Secretaria Municipal de Saúde. 

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Programação Maio Amarelo  

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Ao longo do mês de maio, serão realizadas diversas ações de comunicação e educação para mobilidade, que buscam chamar a atenção e mobilizar a população para a segurança no trânsito. Prédios públicos estão sendo iluminados com luz amarela e diversas instituições de ensino estão sendo mobilizadas.  

 

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Um dos destaques da programação é a websérie educativa “Sinistros”, parceria com o grupo “O que te assombra?”. Laços gigantes serão instalados em diferentes espaços da cidade, contendo um QR Code, que direcionará para narrativas de agentes da mobilidade sobre o atendimento às vítimas de acidentes de trânsito. 

 

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A programação terá ainda passeio ciclístico; curso “Anjos do Capacete”, em parceria com o iFood e o Samu; abordagens educativas das campanhas “3Rs” e “JBD: Morte Zero no Trânsito”, junto à comunidade universitária da Unicamp e em bares das regiões do Cambuí e Sousas; simulações de ponto cego com motoristas de ônibus; lançamento do Prêmio “Boas Práticas de Mobilidade”; entre outras ações. Confira, no hotsite do movimento (www.emdec.com.br/maioamarelo), a programação completa e sugestões de atividades relacionadas à segurança no trânsito.  

 

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Além dos integrantes do Comitê Vida no Trânsito, são parceiros do Maio Amarelo o Comitê Intersetorial pela Primeira Infância Campineira (PIC), a Coordenadoria da Juventude, a Sanasa, a IMA, a Cohab, o Grupo “O Que te Assombra?”, as concessionárias Rota das Bandeiras, CCR Autoban, AB Colinas, Rodovias do Tietê; além das secretarias municipais de Saúde, Assistência Social, Educação, Segurança Pública, Esportes e Lazer, Meio Ambiente, Cultura e Turismo, e Serviços Públicos.  

 

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O Maio Amarelo é um movimento internacional que visa a preservar a vida no trânsito, por meio de ações coordenadas entre Poder Público e sociedade civil. A iniciativa foi criada em 2014 pelo Observatório Nacional de Segurança Viária, em apoio à Década de Ação pela Segurança no Trânsito 2011-2020 da ONU. O símbolo do movimento é um laço amarelo, cor que significa a atenção pela vida e a sinalização de advertência no trânsito.

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