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Campinas fará busca ativa em força-tarefa contra a paralisia infantil

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A Prefeitura de Campinas deu início a uma força-tarefa para reforçar as medidas contra a paralisia infantil. Estão sendo adotadas várias estratégias, principalmente a busca ativa pelas pessoas ainda não vacinadas contra a doença. Segundo o Ministério da Saúde, pelo menos 80% dos municípios do país têm risco alto ou risco muito alto para a reintrodução da doença. 

 

Para localizar crianças com esquema vacinal incompleto e, dessa forma, aumentar a cobertura da vacina, a Secretaria Municipal de Saúde intensificou a busca ativa por meio de uma campanha interna. Na ação “Adote uma Carteirinha”, cada agente comunitário de saúde ficará responsável por um número de crianças do seu território e deverá buscar informações como situação vacinal, motivos de não ter recebido a dose etc. 

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A campanha de vacinação iniciada em agosto está prorrogada até dia 31 de outubro. Até o momento, pouco mais da metade das crianças compareceram aos centros de saúde. A meta considerada ideal é de 95% de cobertura vacinal do público estimado e foi atingida pela última vez em 2018 em Campinas

 

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Também serão desenvolvidas ações conjuntas com o Consultório na Rua para garantir as vacinas para pessoas em situação de rua. Além disso, foi implantada a padronização e ampliação do horário das salas de vacina e, em parceria com as secretarias municipal e estadual de Educação, está sendo realizada a vacinação nas escolas com o objetivo de atualizar as carteiras dos estudantes. 

 

De acordo com a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), Andrea von Zuben, a preocupação com a reintrodução do vírus existe porque Campinas é uma cidade com fluxo de pessoas de diversas regiões do mundo, por meio do Aeroporto Internacional de Viracopos e da extensa malha rodoviária que passa pela região, e também porque a Região Metropolitana de Campinas (RMC) é considerada polo industrial, comercial, universitário e de pesquisa. 

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Estes fatores, aliados à queda da cobertura vacinal nos últimos anos, aumentam o risco de reintrodução da paralisia. Em 2015, a cobertura em Campinas era de 101,7%. A de 2021 ficou em 82,8%. A meta é vacinar pelo menos 95% do público-alvo. “A cada ano aumenta o número de crianças sem a vacina. Nossos números, que já não vinham bem, pioraram muito na pandemia. Esta situação aumenta o risco de reintrodução da doença”, comentou a diretora. 

 

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Outras medidas

 

Em parceria com outras secretarias municipais e órgãos federais e estaduais, a Prefeitura desencadeou uma série de ações. Entre as quais, intensificar o monitoramento ambiental do esgoto do Aeroporto de Viracopos para identificar a presença do vírus; coleta oportuna de fezes de refugiados de até 21 anos; busca ativa de refugiados não vacinados; e reforço junto aos serviços de saúde públicos e privados sobre a notificação ao Devisa de qualquer caso minimamente suspeito etc.

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Na última terça-feira, dia 11 de outubro, houve uma reunião com diversas secretarias municipais,  Anvisa Viracopos, Secretaria Estadual da Educação, Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) do Estado e Defesa Civil com o objetivo de alertar e reforçar a responsabilidade intersetorial na execução das medidas. 

 

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Esquema vacinal

Existem duas vacinas contra a paralisia disponíveis na rotina: a vacina inativada poliomielite (VIP), que é injetável; e a vacina oral poliomielite (VOP). O Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda a vacinação de crianças entre 2 meses e 4 anos. 

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O Calendário Nacional de Vacinação estabelece três doses de VIP, administradas aos 2, 4 e 6 meses de idade, e mais dois reforços com VOP, aos 15 meses e aos 4 anos.  

 

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Paralisia infantil 

A paralisia infantil é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que vive no intestino, chamado poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas infectadas. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos.

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A transmissão ocorre por contato direto pessoa a pessoa, pela via fecal-oral (mais frequentemente), por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores, ou pela via oral-oral, por meio de gotículas de secreções liberadas ao falar, tossir ou espirrar. 

 

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O último caso de paralisia infantil no Brasil foi registrado em 1989. Em 1994, foi certificada a erradicação da doença nas Américas.

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