Arlindo Lima e Ramon Vieira se apresentam no Centro de Cultura Caipira
Representantes da atual música caipira de raiz, a dupla Arlindo Lima & Ramon Vieira apresenta o show “Tropeada” no próximo sábado, 10 de novembro, às 16h, no Centro de Cultura Caipira e Arte Popular (Rua José Ignácio, 14, Joaquim Egídio). A entrada é gratuita.
A apresentação, que conta com composições de autoria da dupla, demonstra a existência de produção contemporânea de música de raiz. “A autêntica música regional não está só nas lembranças, mas se recria e se renova sempre buscando referências na tradição”, pontua o violeiro e compositor Arlindo Lima, que tem como inspiração nomes como Carreirinho, Teddy Vieira, Waldemar Henrique, Pena Branca, dentre outros. O show contará também com músicas de domínio popular.
Arlindo Lima e o cantor, folclorista e também compositor Ramon Vieira começaram a trabalhar juntos em 2012, em Sorocaba, e contam com um CD (“Arlindo Lima & Ramon Vieira”) e um DVD (“Tropeada”) lançados.
Ao longo dos anos, aprofundaram-se na pesquisa do universo caipira visitando antigos violeiros, fazendeiros, dançarinos, foliões e mestres. Arlindo e Ramon mesclam a música caipira do interior de São Paulo com a música dos outros sertões brasileiros, que nada mais é do que a soma de suas influências, produzindo um som que mostra a fusão de toadas, pagodes, lundus, carimbos, cateretês, maracatus, bois etc. “Minha busca é pela arte da terra, da verdade, a arte sincera que conheci com meus pais e meus mestres nos interiores do Brasil, nos tambores do maracatu, nas caixas das folias de reis e na voz do povo que canta o que vive”, destaca Ramon.
No show, a dupla Arlindo Lima (voz e viola) e Ramon Vieira (voz e percussão) estará acompanhada de músicos atuantes da cena instrumental atual: Marcel Bottaro (contrabaixo), Tiago Mecatti (bateria) e Fabio Gouvea (violão). Além disso, o show contará com o coral formado por Keyla Conegero, Karen Conegero e Amanda Mara.
Arlindo e Ramon aproveitam também para contar algumas histórias, os famosos “causos”, que resgatam a simplicidade do campo, a natureza e um pouco da história e da tradição tropeira, já que a dupla está sediada em Sorocaba, cidade fundamental dentro do ciclo econômico do tropeirismo, sede das famosas feiras de muares entre os séculos 18 e 19.