Plano municipal para reduzir gravidez na adolescência é apresentado a outras cidades
Foto: Eliandro Figueira RIC/PMI
O vice-prefeito de Indaiatuba, Dr. Tulio José Tomass do Couto, recebeu nesta sexta-feira (06) na Prefeitura, representantes das cidades de Olímpia, Porto Feliz e Rio Claro, para apresentar a Estratégia Municipal para a Redução da Gravidez na Adolescência. O projeto, que será implantado em Indaiatuba a partir de uma parceria com a Bayer S. A., foi anunciado em março em coletiva de imprensa coma presença do prefeito Nilson Gaspar (MDB). O objetivo da visita foi conhecer como a estratégia será implantada no município para possível introdução do projeto também nessas cidades. Também participaram do encontro representantes da empresa e da Secretaria Municipal de Saúde
A ação incluirá a capacitação de médicos da rede pública municipal que atuam na área de planejamento familiar, capacitação de multiplicadores, como assistentes sociais, enfermeiros, farmacêuticos e agentes comunitários de saúde; orientação à população e apoio a estudo envolvendo os impactos da gravidez na adolescência nas áreas social, educacional e de saúde.
Segundo o vice prefeito, a cada dez gestações no Brasil, quatro não são planejadas. A gravidez na adolescência têm mais complicações para a saúde da mãe e do bebê. Além disso, existem as questões sociais que esta gestação acarreta, como como o impacto desta criança na família, que não estava preparada para recebê-la, a evasão escolar da mãe, que vai demorar mais para entrar no mercado de trabalho e para iniciar um curso superior. Estamos iniciando um projeto inovador no país, destacou Dr. Túlio.
A apresentação feita aos representantes dos três municípios revelou que aproximadamente 20% das crianças nascidas vivas em 2010 no Brasil eram filhos de mulheres com até 19 anos, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Outro dado relevante foi com relação à escolaridade. Apenas 20% das adolescentes continuam na escola após a maternidade, e 60% das mães adolescentes não estudam e não trabalham.
Em 2015 foram realizados em Indaiatuba 3.121 partos, 316 foram de adolescentes, o que representa 10,1% do total. No ano seguinte o município registrou 3.056 partos, 259 (8,5%) de adolescentes. Já em 2017 o índice apresentou pequena redução, alcançando 8,2%. Foram 260 partos do total de 3.179 neste ano.