Contrapartida de empreendimento habitacional remodelará Vila Industrial
A região do Parque e da Vila Industrial, uma grande área, antiga e tradicional da cidade, passará por ampla remodelação. Um conjunto de melhorias será realizado no espaço, em um projeto batizado de “Nova Vila Industrial” e anunciado nesta quarta-feira, 20 de junho, pelo prefeito Jonas Donizette .
O lançamento do projeto aconteceu durante evento na Fundação da Casa Popular, na Vila Industrial. A iniciativa incluirá reurbanização das áreas, adequação viária e macrodrenagem da Bacia do Piçarrão.
As obras acontecerão por meio de contrapartida da empresa MRV Engenharia e Participações S.A. pelo empreendimento Villa Garden. Planejado para ocupar a área entre os bairros São Bernardo e Parque Industrial, o novo empreendimento reunirá uma população de aproximadamente 12 mil pessoas.
O prefeito Jonas Donizette destacou que o projeto demanda muita sinergia – um trabalho em conjunto entre a empresa e os órgãos públicos envolvidos no processo de aprovação em busca de soluções – e trará grandes benefícios para quem vai morar e para os que já residem no bairro.
A questão mais importante é a oferta de moradias, que poderão ser adquiridas por programas habitacionais vigentes no município”, destacou Jonas, lembrando ainda a geração de empregos. A implantação do empreendimento criará mil empregos diretos.
Outra questão bastante enfatizada pelo prefeito é o benefício que será usufruído pela comunidade como resultado de um investimento de aproximadamente R$ 30 milhões, que serão investidos em infraestrutura. “Os recursos serão transformados em obras de saneamento, iluminação e instalação de posto da Guarda Municipal e escola”, apontou.
Outra grande notícia é a obra de macrodrenagem, que vai acabar com as enchentes no Piçarrão, resolvendo um problema de décadas na cidade”, afirmou o prefeito. Ele falou, ainda, que a contrapartida inclui uma doação de R$ 3 milhões ao Hospital Municipal Mário Gatti.
Habitações
Jonas Donizette ressaltou que o Projeto da Lei Complementar número 70, de maio de 2014, de autoria do Executivo, possibilitou a construção de empreendimentos habitacionais de interesse social por toda a cidade. Antigamente, essa modalidade habitacional estava restrita a algumas regiões, o que encarecia a terra e o preço dos imóveis. “Em vez de construirmos em lugares distantesl, aproveitamos os vazios urbanos”, afirmou.
O diretor de Produção e responsável pela Regional Campinas da MRV Engenharia, Túlio Barbosa, contou que o empreendimento será o segundo maior da construtora no Brasil, menor apenas que o que está em execução na cidade de São Paulo. “Em Campinas, serão 3.900 unidades habitacionais distribuídas em dez condomínios, em torres de 18 andares.” Depois de concluído, a previsão é de que o Villa Garden reúna cerca de 12 mil moradores.
Para Barbosa, “o principal atrativo, além da localização privilegiada, na região de central de Campinas, é o Parque Linear que será entregue junto com o empreendimento. O espaço vai contar um pouco da história desse bairro centenário e dos ferroviários, seus primeiros moradores, que foram tão importantes para a cidade de Campinas. E em conjunto com o parque, executaremos também uma ciclovia de 1,7 km”, contou.
O lançamento teve a presença de autoridades legislativas e dos secretários municipais de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, Carlos Augusto Santoro; Habitação, Samuel Rossilho; Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Rogério Menezes; Educação, Solange Villon Kohn Pelicer; e Segurança Pública, Luiz Augusto Baggio.
Parque Linear
O Parque Linear terá 90 mil metros quadrados, onde serão plantadas 20 mil árvores. A área verde foi projetada pelo paisagista Alexandre Furcolin, que levou uma equipe ao evento para uma apresentação sobre o futuro espaço. Entre as atrações estão uma trilha com um museu a céu aberto, com peças de antigas ferrovias e indústrias que fizeram parte dos 160 anos de história da Vila industrial, do Parque Industrial e da Vila Geni.
O Parque terá também playground, pista de caminhada, academia de ginástica, área de piquenique, bosque para leitura e wi-fi grátis. A iluminação será fotovoltaica.
Benefícios para a região
O projeto também inclui as seguintes contrapartidas:
30 mil metros quadrados de novas vias;
3 mil metros lineares de iluminação pública;
60 mil metros quadrados de área verde recuperada;
2.390 metros lineares de novas redes de abastecimento de água e 1.500 metros de redes de esgoto;
Ciclovia no entorno do parque interligando as áreas verdes e a avenida João Batista Morato do Canto;
Reparo das guias, sarjetas e pavimento da avenida João Batista Morato do Canto;
Alargamento da Avenida Sílvio Moro, com reforma do pavimento e paisagismo nos canteiros centrais;
Reforma dos acessos principais aos condomínios pelas ruas Rio de Janeiro, Porfírio Cardoso de Moraes, Amazonas e Avenida Amoreiras.
A MRV prevê que o empreendimento traga R$ 15,5 milhões para o município em Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). O empreendimento também vai gerar R$ 3,7 milhões em IPTU, mais de R$ 25 milhões em ISS, além de mais de R$ 61 milhões em tributos como Pis/Cofins, INSS/FGTS e ICMS. No total, serão mais de R$ 105 milhões em arrecadação para o município.