Campinas confirma nova morte por febre maculosa
Mais uma pessoa morreu em decorrência da febre maculosa em Campinas. O caso foi confirmado pela Secretaria de Saúde nesta quarta-feira, 23 de agosto. Com isso, a cidade agora tem oito casos confirmados da doença, com seis mortes, desde o início do ano
A vítima é um homem de 52 anos, que se infectou em Campinas. O local provável de infecção é o Parque Linear Ribeirão das Pedras, na região da Vila Costa e Silva, perto do Parque Dom Pedro Shopping. Os primeiros sintomas foram registrados em 17 de julho e a morte aconteceu no dia 21 do mesmo mês.
No ano passado, a cidade confirmou 11 casos, com sete óbitos.
De acordo com o Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), o parque está devidamente sinalizado e é importante que a população respeite os avisos e não tenha contato com a vegetação. Os frequentadores devem estar atentos às medidas recomendadas, como a inspeção corporal e a observação de sintomas no período indicado.
A Secretaria de Serviços Públicos ressalta que todos os espaços acessados pela população recebem regularmente manutenção e roçagem.
Ações
A Secretaria de Saúde realiza constantes atividades de prevenção, como palestras, ações casa a casa, pesquisas acarológicas, visitas domiciliares a casos suspeitos, vistorias em locais prováveis de infecção, capacitações a profissionais de saúde, intensificação da comunicação de risco, medidas de educação em saúde à comunidade e produção de vídeos educativos para as redes sociais.
Apenas neste ano foram cerca de 100 atividades do gênero, sendo que oito delas foram voltadas ao Exército. Em 2022 foram mais de 150 ações preventivas.
A Prefeitura de Campinas também adotou mais medidas de combate à doença. Uma delas foi a mudança do nome do Comitê de Enfrentamento das Arboviroses para Comitê de Prevenção e Controle das Arboviroses e Zoonoses. A medida é importante porque traz a febre maculosa como discussão para dentro do comitê intersetorial que reúne secretarias municipais e autarquias que tomam decisões oportunamente.
Outra providência foi a sanção da lei 16.418, que obriga os estabelecimentos, produtores, promotores e organizadores de eventos realizados em locais sujeitos à presença do carrapato-estrela a informar sobre o risco de febre maculosa. Para atender à lei, foi realizada uma capacitação para orientar e esclarecer dúvidas destes profissionais
Além disso, reforçou todas as ações de comunicação, informação e mobilização contra a febre maculosa nos parques públicos com aumento de placas e distribuição de cartazes para farmácias e centros de saúde nas imediações de áreas consideradas de risco.
Cuidados
A febre maculosa é uma infecção grave, transmitida pelo carrapato-estrela infectado.
Caso a pessoa passe por áreas de vegetação, mato ou pastos, especialmente próximas de cursos hídricos, onde há presença de cavalos e capivaras, deve ficar atenta, por cerca de 15 dias, aos sintomas da doença (febre, dor de cabeça, dor intensa no corpo, mal-estar generalizado, náuseas, vômitos e, em alguns casos, manchas vermelhas pelo corpo).
Ao apresentar um destes sinais, a pessoa deve procurar imediatamente o serviço de saúde e informar que teve contato com o carrapato e/ou esteve com locais de risco, pois os sintomas podem ser confundidos com com outras doenças febris agudas, como covid-19 e dengue.