A Casa da Mulher Campineira promoveu, nesta semana, uma roda de conversa sobre prevenção ao câncer de mama, dentro da campanha “Outubro Rosa – Movimentação, dê um play na prevenção”, em parceria com o Hospital Vera Cruz.
 

O encontro foi conduzido por Renata Sasse, diretora-executiva do Grupo Sonhe (oncologia e hematologia), vinculado ao hospital. Durante a palestra, Renata destacou os principais fatores de risco da doença, reforçou a importância de hábitos saudáveis e explicou como funcionam os exames e tratamentos disponíveis.
 

“A porta de entrada para detectar o câncer de mama é a mamografia. Se um cisto for encontrado, o médico pode solicitar uma biópsia para confirmar se o achado é maligno ou não”, explicou Renata.

Importância do diagnóstico precoce

A especialista alertou que cerca de 60% dos casos diagnosticados tardiamente não têm mais possibilidade de cura, reforçando a importância do acompanhamento médico regular. “Se a gente sair daqui convencendo uma mulher a fazer mamografia, já estamos contentes”, completou.
 

Renata também abordou os tratamentos disponíveis para pacientes oncológicos, como hormonioterapia, quimioterapia, anticorpos monoclonais e imunoterapia, que oferecem maiores chances de cura e melhor qualidade de vida.

Reconstrução mamária pelo SUS

Durante a conversa, a especialista lembrou que, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), todas as mulheres que precisarem realizar mastectomia parcial ou total têm direito à reconstrução com prótese de silicone. A secretária de Políticas para Mulheres, Alessandra Herrmann, destacou a importância da disseminação de informação qualificada. “O diagnóstico precoce está diretamente associado a altas taxas de cura. É fundamental incentivar as mulheres a realizarem seus exames preventivos regularmente”, afirmou.

Dados reforçam necessidade de prevenção

O Ministério da Saúde reduziu recentemente a idade mínima recomendada para o início da mamografia, de 50 para 40 anos. Segundo projeções do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil pode registrar mais de 73 mil novos casos de câncer de mama em 2025. Quando a doença é detectada precocemente, as chances de cura ultrapassam 90%.