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Residência multiprofissional em saúde do Mário Gatti completa dez anos

Os dez anos da residência multiprofissional em saúde do Hospital Mário Gatti foram celebrados nesta sexta-feira, dia 24 de agosto, na Associação dos Cirurgiões Dentistas de Campinas. O evento reuniu ex-residentes das áreas de fisioterapia, nutrição e enfermagem, além de profissionais do Hospital. 

 

 

Segundo o secretário Municipal de Saúde, Carmino Santos, a residência é um grande patrimônio para a Secretaria, sendo um momento em que o jovem profissional se dedica integralmente à sua formação e, independentemente de sua área de especialidade, adquire habilidades que utilizará ao longo de toda a vida. “É um alicerce para a carreira deste profissional, um momento em que poderá ter mais contato com os pacientes e sedimentar sua forma de atuar, acolher e tratar. Os conhecimentos adquiridos nesta fase serão levados para toda a vida desse profissional. A residência é um marco, um patrimônio que deve ser preservado e cuidado pela sociedade, pois é tão importante quanto a graduação”.

 

 

 

 

Mais de 120 profissionais, entre fisioterapeutas, nutricionistas e enfermeiros, foram formados na residência multiprofissional em saúde, ao longo desses dez anos. Os profissionais ocupam hoje cargos em hospitais de São Paulo, Campinas e diversos municípios, além de trabalharem no setor público ou em clínicas particulares. Oficialmente, a residência foi criada em 12 de agosto de 2008, com seis vagas de enfermagem e seis de fisioterapia. Em 2012, o programa mudou para incluir a nutrição e as 12 vagas se dividiram entre as três especialidades, sendo quatro bolsistas para cada uma.

 

 

 

De acordo com o presidente da Rede Mário Gatti, Marcos Pimenta, a residência é uma experiência muito importante para o hospital como fonte formadora de mão de obra. “Permite que o recém-formado coloque a prática e se aperfeiçoe naquilo que tem de formação teórica”, afirmou. Pimenta também destacou a importância da qualificação da assistência promovida pelo programa. Ele também anunciou uma novidade: abrir o hospital para que ex-residentes possam continuar a frequentar a instituição para se capacitar, atualizar conhecimentos e se aperfeiçoar. Os mecanismos estão sendo estruturados e a previsão é que este processo comece o quanto antes. 

 

A coordenadora da residência multiprofissional em saúde do Hospital Mário Gatti, Elaine Cristina de Oliveira Valério Camargo, ressaltou que todos os profissionais que passam pelas residências do Mário Gatti recebem uma formação que os auxilia a trabalhar as diversas questões do SUS. A coordenadora assumiu o posto em 2017, mas sempre esteve envolvida com a residência atuando como tutora e preceptora. Elaine destacou também a importância da formação pessoal dos residentes que lidam com situações críticas da vida durante o trabalho. 

 

 

 

“Os profissionais podem trazer esse conhecimento para sua vida e tornar melhor a vida dos pacientes. Passamos para eles esse amor pela profissão para que possam evoluir e trabalhar as diversidades, em equipes multiprofissionais, em qualquer lugar que estejam. O mais importante de tudo é que todos os profissionais da saúde estejam unidos para dar o máximo para o paciente”, afirmou Elaine. 

 

 

Com uma carga horária extensa, os residentes passam pelo eixo clínico e infantil do hospital, além de atuar nos centros de saúde São José e Campo Belo, Centro de Referência em Reabilitação de Sousas e Serviço de Assistência Domiciliar. Os residentes são acompanhados por preceptores e também têm uma formação teórica. O processo seletivo é realizado anualmente. 

 

No Brasil, a residência em área profissional de saúde  foi regulamentada pela Lei n° 11.129/2005. Pela legislação, para ser credenciada a residência precisa ser uma pós-graduação lato sensu, com dois anos de duração e dedicação exclusiva. Por semana, são 60 horas de carga horária, 5.760 horas no total. 

 

 

 

 

A programação do evento em comemoração aos dez anos da Residência se estende ao longo do dia com palestras, mesa-redonda com ex-residentes e explanação da Comissão Coletiva de Residência – Colore. Uma dinâmica com os residentes encerra o dia de evento. 

 

 

 

Base para a carreira 

 

Participantes da primeira turma, a enfermeira Talita Nogueira e a fisioterapeuta Livia de Oliveira Moraes contam que a residência lhes trouxe um novo olhar para a saúde. Atualmente no Hospital Vera Cruz, Talita ressaltou que a residência foi a base para sua carreira. “Tudo o que aprendi na residência eu levei para a instituição em que estou. Essa formação nos ensina a ver o paciente como um todo. Entrei para o mercado de trabalho como uma profissional pronta, que já tinha o olhar para a assistência integral ao paciente”. 

 

 

 

Livia é fisioterapeuta na Prefeitura de Águas de Lindóia e também afirma que a formação foi primordial para sua profissão. “O aprendizado que tive na residência foi de grande valia. Na época, o conhecimento adquirido foi o que me ajudou a ingressar na área pública. Além disso, hoje trabalho no SUS e pude vivenciar no programa a importância do trabalho em equipe para o atendimento de saúde”, afirmou. 

 

A nutricionista Joverlany Albuquerque, mestranda na Unicamp, fez parte da última turma. A jovem terminou o curso em fevereiro e conta que escolheu o programa por já ter interesse em atuar na saúde pública. “Era uma temática que me atraía desde a graduação e optei por vir para o Mário Gatti por ser uma referência em saúde no município. Essa residência te dá uma visão ampliada com relação a diversos níveis de atuação no SUS, você passa pela atenção básica e pela mais complexa que é o hospital, oferecendo uma visão integral do sistema. A nutricionista que entrou nesse programa não é a mesma que saiu”. 

 

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