Rede Mário Gatti trabalha para reduzir, até fim do ano, fila das eletivas
Para enfrentar uma demanda reprimida acumulada durante o período da pandemia, de cerca de 9,5 mil cirurgias em diversas especialidades, a Rede Mário Gatti está se estruturando para poder, até o final do ano, reduzir significativamente a fila de espera pelos procedimentos. As ações incluem mutirões de cirurgia, abertura de leitos gerais, funcionamento pleno das salas cirúrgicas, inclusive aos sábados.
“A ampliação de leitos, contratação de neurocirurgiões e anestesistas e a organização de mutirões de cirurgias serão muito importantes para enfrentar a atual fase de controle da pandemia”, disse o prefeito Dário Saadi durante live nesta sexta-feira, 17 de setembro.
Ele observou que, além de cirurgias eletivas, também há um volume grande de exames de imagens que ficou represado na pandemia. “Uma licitação será aberta em breve para a contratação do serviço e normalização do atendimento”, afirmou.
O presidente da Rede Mário Gatti, Sérgio Bisogni, informou que há 3.700 pacientes no Hospital Mário Gatti e 2.400 no Hospital Ouro Verde à espera de cirurgia. Para dar vazão a essa demanda, os 30 leitos UTI Covid do Mário Gatti foram desativados e estão sendo implantados 20 leitos de enfermaria para atender a área de ortopedia.
Também serão colocados em funcionamento oito leitos para o sistema de hospital-dia (para atender pacientes que não necessitam ficar internados após o procedimento). Ainda este mês, serão implantados mais dez leitos de enfermaria para cirurgia em geral.
Além disso, a partir do próximo mês, o Mário Gatti retoma o pleno funcionamento das sete salas cirúrgicas. Para reforçar as equipes, estão sendo contratados seis anestesistas e três neurocirurgiões. Assim, o centro cirúrgico, que atualmente funciona com cinco salas três vezes por semana, e seis duas vezes por semana, passará a trabalhar com as sete salas cirúrgicas diariamente, em dois períodos do dia. Também funcionará aos sábados, para atendimento das diversas especialidades.
Ouro Verde
O Hospital Ouro Verde vai reativar a unidade de cirurgia ambulatorial em urologia, dermatologia, plástica. Uma das UTI Covid do Hospital Ouro Verde, que foi montada dentro da área de cirurgia ambulatorial, foi desativada para voltar ao atendimento original, com cirurgias nas especialidades de otorrino e oftalmologia.
O Ouro Verde terá também um centro reabilitação de sequelas da Covid. A previsão é que comece a funcionar em outubro, para atender pacientes com sequelas pulmonares, neurológicas, circulatórias, entre outros. Os pacientes serão encaminhados pelas unidades de saúde.
O foco será o tratamento de reabilitação com fisioterapia, fonoterapia, terapia ocupacional e psicologia. O centro terá capacidade para até três mil atendimentos mensais.