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Pint of Science Campinas: A ciência em debate em 4 bares e na Fazenda Roseira

O festival internacional acontece de 20 a 22 de maio simultaneamente em 24 países; no Brasil, chega a 87 cidades de todas as regiões do País

Com 13 temas diferentes e 28 especialistas convidados, a edição campineira 2019 do maior festival de divulgação científica do mundo, Pint of Science, já tem programação definida, com data, horário e local. Agora só falta marcar na agenda: de 20 a 22 de maio, às 19h30, em Campinas, em quatro bares diferentes e na Casa de Cultura Fazenda Roseira, ampliando nesta edição o alcance para além do eixo Centro-Barão e trazendo novas propostas de público e de interação. 

Esta é a quarta edição campineira do Pint of Science, que promove o debate da ciência fora dos espaços formais e propõe temas marcados pela diversidade e pelo grande interesse da população. O objetivo, portanto, é falar sob a perspectiva científica de temas conectados direta e profundamente com a sociedade: de átomos a jogos; de previdência a meio ambiente; de violência a drogas; de índios a transporte. Em 2019 estão em pauta nos bares de Campinas: violência urbana, ciência das drogas e os rumos das políticas públicas para as mesmas, o futuro dos veículos, perícia e investigação forense, átomos e universo, jogos digitais, gênero e transgênero, línguas indígenas, genética, evolução biológica, desinformação, desastres ambientais como Brumadinho e Mariana, previdência social e identidade nacional.

No Ano Internacional de Línguas Indígenas, o Pint promove um bate-papo sobre os desafios de integração da cultura indígena nas universidades, com participação do Coletivo de Acadêmicos Indígenas da Unicamp. Neste dia (21/05), a pesquisadora de linguística da Unicamp Maria Filomena Spatti Sandalo vai apresentar uma plataforma digital de documentação de línguas faladas na América do Sul em perigo de extinção. Confira abaixo a programação completa:

De 20/05 (segunda-feira) a 22/05 (quarta-feira)

19h às 21h30

20/05 – Átomos e Universo (Botequim Barão) – https://pintofscience.com.br/event/BTQ-2005

             Perícia e Investigação (Da Vinci Bar) – https://pintofscience.com.br/event/DVC-2005

             Ciência X Desinformações (Lado B) – https://pintofscience.com.br/event/LDB-2005

             Violências Urbanas (Maria Bonjour) – https://pintofscience.com.br/event/MBJ-2005

21/05 – Jogos Digitais (Botequim Barão) – https://pintofscience.com.br/event/BTQ-2105

             Edição Genética (Da Vinci Bar) – https://pintofscience.com.br/event/DVC-2105

             Línguas Indígenas (Lado B) – https://pintofscience.com.br/event/LDB-2105

             Ciência das Drogas (Maria Bonjour) – https://pintofscience.com.br/event/MBJ-2105

22/05 – Gênero e Transgênero (Botequim Barão) – https://pintofscience.com.br/event/BTQ-2205

             Evolução Biológica (Da Vinci Bar) – https://pintofscience.com.br/event/DVC-2205

             Desastres Ambientais (Lado B) – https://pintofscience.com.br/event/LDB-2205

             Futuro dos Veículos (Maria Bonjour) – https://pintofscience.com.br/event/MBJ-2205

22/05 – Casa de Cultura Fazenda Roseira

             Identidade nacional + Previdência social – https://pintofscience.com.br/event/CFR-2205

Organização local

Na cidade de Campinas, quatro bares e a Casa de Cultura Fazenda Roseira recebem o Festival:  Botequim de Barão (Barão Geraldo), Da Vinci Bar (Cambuí), Bar Lado B (Barão Geraldo), Maria Bonjour Bar (Barão Geraldo). A expectativa da equipe organizadora é de que haja um aumento de 50% no público. Na região, as cidades de Limeira e Piracicaba também promovem o Pint of Science com programação e organização locais.

De acordo com o professor Luiz Carlos Dias, do Instituto de Química da Unicamp, coordenador do evento na cidade, além de crescer a cada ano o interesse do público pela programação do Pint of Science, tem crescido também a participação feminina “Hoje (a participação feminina) representa 62% dos especialistas convidados. E na organização local a mulher também é maioria: 65% da equipe são mulheres”, destaca Dias. Diferentemente dos outros eventos científicos; no Pint of Science, o público também é composto na maior parte por mulheres com cerca de 55% dos participantes.

O festival é organizado na cidade por uma equipe de docentes e estudantes da Unicamp, pelo Labjor/Unicamp (Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo) e pela NuminaLabs, empresa de geração de conteúdo científico educacional, também realizadora do sarau científico Chopp comCiência.

Formato informal

O formato criado pelo Pint of Science para falar de ciência nos bares é de uma breve apresentação do tema – de cerca de 15 minutos, sem jargões científicos – pelos estudiosos e especialistas das áreas referentes, abrindo depois para perguntas e participação do público. O objetivo do festival é romper barreiras entre a população em geral e aqueles que produzem ou trabalham com ciência, permitindo que as novas descobertas e a forma como a ciência funciona sejam mais conhecidas. Campinas se destaca nacionalmente pela organização e por novas propostas ao formato, como a ideia de interagir com o público apenas na base do bate-papo, sem recorrer ao uso de qualquer recurso audiovisual ou de projeção.

Toda a programação do Pint of Science é gratuita, sem a necessidade de inscrições prévias. Basta chegar e participar. As despesas no local são de responsabilidade dos participantes. O evento em Campinas tem o patrocínio da Editora do Brasil, CIBFar, CCES Unicamp, Eppendorf e BUCHI. Tem também o apoio da Prefeitura de Campinas, Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Social e de Turismo de Campinas, empresa MERCK e Blue Dot.

Brasil, o maior do mundo

A combinação do ambiente de bar com o debate sobre e para a ciência tem dado tão certo no Brasil que o Pint of Science brasileiro já é o maior do mundo, chegando este ano a 87 cidades de todas as regiões do país. Criada em 2012 na Inglaterra, a iniciativa se espalhou e ganha adesão por onde passa. O trabalho de organização é realizado por voluntários, sob o comando de uma coordenação nacional e outra local.

O primeiro Pint of Science Brasil aconteceu em São Carlos, na Universidade de São Paulo (USP), em 2015. Segundo dados nacionais, em 2016, sete municípios sediaram o evento. Desde então, ano a ano o público e o número de cidades vem crescendo. Em 2019, o evento acontece simultaneamente em 87 cidades brasileiras, dentre elas Campinas, São Paulo, São Carlos, Curitiba, Foz do Iguaçu, Recife, Fortaleza, Cuiabá, Florianópolis, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

Entre os 24 países participantes, o Brasil é o maior, seguido pela Espanha, com 72 eventos simultâneos. A expectativa de público no Brasil este ano é de 70 mil pessoas. No estado de São Paulo, são 16 cidades participantes, num total de 349 palestrantes, 242 voluntários, 54 bares, e uma expectativa de público estimada em 11 mil pessoas.

História do Pint

A ideia do Festival Pint of Science surgiu em 2012, quando dois pesquisadores do Imperial College London, Michael Motskin e Praveen Paul, organizaram um evento chamado Encontro com Pesquisadores. Durante o encontro, pessoas acometidas por Alzheimer, Parkinson, doenças neuromusculares e Esclerose Múltipla foram convidadas a conhecer os laboratórios dos pesquisadores e ver na prática o tipo de pesquisa que realizavam. A experiência inspirou os pesquisadores a promover o diálogo entre cientistas e a população.

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