O que Campinas tem feito para evitar alagamentos?
A Prefeitura de Campinas implantou, nos últimos três anos e meio, medidas para minimizar riscos de eventos climáticos como o registrado na noite da última quinta-feira, 24 de outubro. São obras e serviços para combater os efeitos de grandes volumes de chuvas e ventos fortes, intensificados pelos extremos climáticos.
Obras antienchentes
A Secretaria de Infraestrutura está finalizando o projeto executivo do primeiro piscinão na avenida Princesa D’Oeste. Foram iniciadas as primeiras escavações no terreno. O reservatório será coberto. Quando estiver em operação, nos momentos de cheia, a água entrará por uma galeria de derivação e será escoada por outra, com auxílio de quatro bombas submersíveis. Estão previstos seis piscinões no total.
Limpeza de bocas de lobo
As equipes da Secretaria de Serviços Públicos trabalha continuamente em diversas frentes para prevenir e minimizar impactos causados por chuvas. A limpeza e o desentupimento de bocas de lobo, por onde escoa a água da chuva para as galerias pluviais, é feita diariamente, em cerca de 80 unidades por dia. Se necessário, é usado o hidrojato para desentupir os bueiros. As galerias pluviais também passam por manutenção e reparos constantemente para garantir o escoamento da água da chuva.
Desassoreamento do piscinão
Outro trabalho fundamental é o desassoreamento do piscinão da avenida Norte-Sul no entroncamento da avenida com a Orosimbo Maia e onde desembocam os córregos Serafim (da Orosimbo) e Proença (da Norte-Sul), que correm por essas duas vias. O desassoreamento do piscinão é feito duas vezes por ano, no primeiro e no segundo semestre, com o objetivo ampliar a capacidade de armazenamento de água da chuva e dos córregos. Se necessário, é feita uma terceira vez.
Manutenção de córregos
Além desse piscinão, é feita a limpeza e a manutenção dos mais de 45 córregos da cidade. O trabalho nos córregos exige o uso de máquinas e, em alguns casos, trabalho manual. Nos períodos de chuva, o trabalho é intensificado. Também foram construídos 2, 5 km de muros de gabião (gaiolas de arame galvanizado com pedras), 20, 3 mil metros cúbicos, em 19 pontos em encostas de córregos da cidade, para evitar erosão e deslizamento.
Treinamento da Defasa Civil
A Defesa Civil oferece treinamento de pessoas da comunidade nas cinco regiões da cidade, para enfrentamento dos extremos climáticos. A Prefeitura contratou pessoal e reforçou as equipes da Defesa Civil. E o monitoramento e mapeamento de áreas de risco agora ocorre 24 horas por dia.
Painéis com avisos
Foram instalados painéis digitais que alertam sobre riscos de alagamentos em pontos estratégicos da cidade, para que motoristas e pedestres evitem passar pelos locais quando está chovendo. Foram 40 painéis em pontos de maior risco de alagamento.
Moradias em área de risco
A Secretaria de Habitação tem um programa de monitoramento de moradias em áreas de risco e ocupações, pelo qual orienta as famílias a desocupar esses locais e passam a receber auxílio-moradia. Neste mês de outubro, 1.547 famílias estão no programa de auxílio-moradia. Também estão cadastradas nos programas de interesse de moradia social.
Pavimentação e drenagem
Campinas tem o programa “Meu Bairro Bem Melhor 2”, que está levando pavimentação e drenagem a 16 bairros da cidade que há décadas esperavam pelo asfaltamento das ruas. São mais de 50 quilômetros de vias pavimentadas e implantação de aproximadamente 35 quilômetros de rede de drenagem para escoamento da água da chuva. Mais de 120 mil pessoas beneficiadas. Além destes, mais 25 núcleos habitacionais recém-regularizados estão recebendo pavimentação e drenagem.
Árvores
As equipes de poda e extração de árvores foram ampliadas de 7 para 15 em abril deste ano. A Secretaria de Educação passou a contar com equipes próprias para este trabalho nas mais de 200 escolas municipais e outros equipamentos. A cidade também passou a contar com equipe para fazer exames de tomografia para avaliar a saúde das árvores. O exame é feito especialmente nas árvores antigas e de grande porte.