Museu de História Natural, no Bosque, é repaginado e reabre em janeiro
Repaginado, interativo e com cores vibrantes, o Museu de História Natural, da Secretaria de Cultura de Campinas, localizado no Bosque dos Jequitibás, recebe o público em 2021 com novidades.
Fechado desde agosto de 2019, o espaço, criado em 1938, passou por ampla revitalização, que inclui desde a estrutura física até o conceito pedagógico.
A reforma incluiu troca de telhas, colocação de manta para a eliminação de goteiras, recuperação do piso, construção de uma sala multiuso com arquibancada para as crianças participarem das ações pedagógicas, mobiliário novíssimo com gavetões e vitrines mais baixas para melhor acesso e visibilidade do público infantil, adesivagem, além de iluminação potente.
“É um museu muito digno”, frisou o secretário de Cultura, Ney Carrasco, ao verificar o resultado do trabalho, nesta manhã de terça, 22. O titular da pasta agradeceu a equipe de do Museu: “Acompanhei a dedicação e o esforço de todos. É a última reforma da Cultura que entregamos nesta gestão”.
“Após a reforma de 1985, deixamos, agora, o legado de um museu de alto padrão, com outra roupagem e concepção de linguagem”, destaca o biológico Flávio Abrão, que há 33 anos atua no espaço.
Sobre a nova conceituação, Abrão fez questão de destacar o convênio celebrado com a Fundação de Desenvolvimento da Unicamp (Funcamp). “A grande sacada foi essa parceria que propiciou o intercâmbio fortíssimo entre nossa equipe e professores e estagiários de alto nível do curso de Biologia da Unicamp.” A obra total custou R$ 200 mil, com verba utilizada do montante da bilheteria.
As arquitetas Beatriz Naomi e Kátia Sartorelli foram responsáveis pelo projeto expositivo e de comunicação visual junto à equipe do Museu.
Acervo
O espaço tem um acervo de aproximadamente 6.000 peças. Durante a visitação, o público poderá conferir a riqueza do universo dos fósseis, dos biomas brasileiros (Amazônia, Mata Atlântica, Pantanal, Cerrado – na reestruturação, foram incluídos a Caatinga e o Pampa), dos vertebrados (mamíferos, répteis, anfíbios, peixes, aves), das espécies em extinção, da botânica, dos insetos e da biodiversidade do estado de São Paulo.
Os amplos painéis trazem informações científicas e curiosidades que enchem os olhos. Para se ter uma ideia, “as pulgas conseguem saltar alturas de aproximadamente 200 vezes o tamanho de seu corpo. Proporcionalmente, seria o mesmo de uma pessoa ultrapassar um campo de futebol em um único pulo”.
Ao mostrar os ambientes, Abrão salienta a importância da educação ambiental. “É um trabalho de formiguinha”, frisa, enquanto mostra, entusiasmado, o painel da “árvore da vida”, como quem está fazendo sua parte na construção de um futuro sustentável para as próximas gerações.
O Museu de História Natural faz parte do complexo que integra o Aquário e a Casa dos Animais Interessantes, considerado um dos cartões postais da cidade. Localizado no Bosque dos Jequitibás, em área remanescente da Mata Atlântica, tombada pelos conselhos de Patrimônio Cultural do Estado de São Paulo e do município de Campinas, o complexo busca potencializar ações voltadas à educação ambiental.
O Museu de História Natural reabrirá à população a partir de 6 de janeiro de 2021, de quarta a sexta, das 9h às 13h. Os ingressos custam R$ 5,00 e R$ 2,50.