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Mário Gatti e Ouro Verde realizaram 15,5 mil cirurgias eletivas em 2 anos

Os hospitais Mário Gatti e Ouro Verde realizaram, entre 2021 e 2022, 15.577 cirurgias eletivas, um crescimento de 70,29%. Só em 2021, foram 3.903 procedimentos no Mário Gatti e 1.860 no Ouro Verde. No ano seguinte, 6.784 e 3.090, respectivamente. 

 

Além das eletivas, os dois hospitais da Rede Mário Gatti de Urgência e Emergência também fizeram, no mesmo período, 5.684 cirurgias de emergência. 

 

Mesmo com o crescente número de procedimentos eletivos, a Rede ainda tem 5.164 pessoas aguardando cirurgia em algumas especialidades. 

 

Para aumentar a oferta, algumas medidas já estão sendo adotadas. “Depois da reforma do pronto-socorro do Mário Gatti, nós vamos reformar o quarto andar do hospital, onde funcionava a pediatria, e montar uma UTI e enfermaria cirúrgicas . Com esses leitos conseguiremos aumentar o número de cirurgias eletivas”, explicou o presidente da Rede, Sérgio Bisogni. A Central de Materiais do Ouro Verde também passará por reforma, que já está sendo licitada. 

 

O presidente explica, ainda, que o município enfrenta reflexos da pandemia e o aumento de acidentes de trânsito, que impactam diretamente nas cirurgias eletivas. “Foram quase dois anos com restrições nas cirurgias eletivas. Em alguns momentos, esses procedimentos tiveram que ser suspensos e mesmo assim, tivemos muitos pacientes operados”, disse. “Sobre a ortopedia, temos um problema nacional que é o aumento do número de acidentes, principalmente de moto, no pós-pandemia. Esses casos entram como urgência e emergência principalmente na ortopedia e na neurocirurgia e, como são prioridade, as cirurgias são feitas antes das que estavam agendadas”, completou. 

 

Além da reforma na parte estrutural e tecnológica, em especial do Mário Gatti, as equipes também estão sendo reforçadas e equipamentos mais modernos comprados. 

 

Qualificação da fila

 

Segundo Bisogni, a Rede está filtrando os dados para verificar se há distorções nos números. “Estamos fazendo a qualificação da fila, ligando para os pacientes, porque alguns estão em duas ou mais filas – Rede Mário Gatti, Celso Pierro e Unicamp -, outros não são localizados ou já foram operados. Depois dessa filtragem teremos um número real”, completou. 

 

No Brasil, a fila por cirurgias eletivas, segundo dados do Ministério da Saúde coletados em 16 estados e no Distrito Federal, tem mais de 566 mil pessoas na fila do Sistema Único de Saúde (SUS).

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