Informativo mostra 17 novas áreas com risco de transmissão de dengue
A Secretaria de Saúde divulgou nesta terça-feira, 12 de abril, o 29º Alerta de Dengue no município de Campinas. O informativo aponta mais 17 novas áreas com risco de transmissão da doença nas cinco regiões da cidade. O mais importante nesse momento é eliminar os focos do mosquito.
De acordo com a coordenadora do Programa Municipal de Arboviroses, Heloísa Malavasi, os números de dengue estão dentro das expectativas para o período. No entanto, ela alerta que a incidência de casos confirmados teve um aumento significativo nos últimos 20 dias.
“A dengue tem um fator sazonal que inclui condições climáticas como temperatura e quantidade de chuva. E todo ano, entre os meses de março a maio, há um aumento de casos, sendo abril o mês com maior incidência. Isso exige cuidados redobrados em relação ao controle de criadouros por parte da população”, detalhou.
Assim, sempre que novas áreas de incidência de transmissão da doença são identificadas a Secretaria de Saúde emite alertas. O objetivo é aumentar a sensibilidade dos serviços públicos e privados em relação ao diagnóstico da dengue.
“Assim que uma nova área é identificada, a Prefeitura intensifica as ações de controle do mosquito na região, mas precisamos da parceria da população para que faça o controle de criadouros, impedindo que novos mosquitos nasçam”, informou Heloísa.
Ainda de acordo com ela, o aumento é esperado, mas é preciso que as pessoas fiquem atentas aos criadouros e, em caso de sintomas, procurem os serviços de saúde. Os sinais de dengue são febre, dores no corpo, náusea ou vômitos, dor de cabeça, dor nos olhos ou dor nas articulações.
Novas áreas
As novas áreas de transmissão foram detectadas nas cinco regiões da cidade. Na região Norte, a ocorrência foi registrada nos bairros Cidade Universitária I, Parque Fazendinha e Parque Santa Bárbara. Na Sul, foram mais quatro locais: Jardins Campo Belo e Carlos Lourenço e as Vilas Rica e Georgina.
Na região Leste, são mais quatro: Jardim Conceição, Jardim Flamboyant, Vila 31 de março e Vila Itapura. Outras quatro áreas, na região Sudoeste: Nos jardins Aeroporto, São João e São Pedro de Viracopos e no Núcleo 28 de fevereiro. E, na Noroeste, a incidência foi registrada no Jardim Rossin e no Satélite Íris IV.
Responsabilidade compartilhada
A luta contra a Dengue exige uma contrapartida de toda a sociedade. A Prefeitura mantém um programa de controle e prevenção da doença. Mas cada cidadão precisa fazer a sua parte, destinando corretamente os resíduos e evitando criadouros. Levantamento do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) aponta que 80% dos criadouros estão dentro de casa.
O trabalho contra as arboviroses realizado pela Prefeitura é ininterrupto. De 1º de janeiro de 2020 a 28 de fevereiro deste ano, as equipes de saúde realizaram 1.272.928 visitas a imóveis para controle de criadouros. No mesmo período, 330.478 construções localizadas em áreas de transmissões foram nebulizadas.
Para acabar com a proliferação do mosquito é preciso evitar acúmulo de água, latas, pneus e outros objetos. Os vasos de plantas devem ter a água trocada a cada dois dias. É importante, também, vedar a caixa d’água. Os vasos sanitários que não estão sendo usados devem ficar fechados.
Comitê
Em 2015, a Prefeitura de Campinas criou o Comitê de Prevenção e Controle das Arboviroses, que reúne 14 secretarias municipais: Governo; Saúde; Educação; Serviços Públicos; Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Gestão e Desenvolvimento de Pessoas; Administração; Comunicação; Trabalho e Renda; Esportes e Lazer; Cultura e Turismo; Habitação; Relações Institucionais, e Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos.
Também participam a Defesa Civil, o Serviço 156, a Rede Mário Gatti e a Sanasa. O comitê planeja continuamente as atividades de combate às arboviroses em Campinas.
No comitê são discutidas a situação epidemiológica da cidade e, dessa forma, desencadeadas as ações intersetoriais.
Mais informações
O hotsite https://dengue.campinas.sp.gov.br traz mais informações e mostra como colaborar no combate ao Aedes aegypti.