Confraria da Dança faz temporada gratuita em Campinas com o espetáculo Maria Celeste no mês de outubro
As apresentações começam no Centro Cultural Casarão, dias 4 e 5 de outubro, e seguem para várias regiões periféricas levando cultura pela cidade, em comemoração aos 28 anos de trajetória da companhia. A peça é livre para todos os públicos e tem o boi como protagonista, celebrando sua força e energia por meio de histórias, danças, manipulação de bonecos e máscaras
Inspirada na cultura popular e com uma combinação envolvente de dança e histórias, o espetáculo Maria Celeste, livre para todas as idades, celebra a força e a energia do bicho-boi. A nova obra da premiada Confraria da Dança, de Campinas, promete encantar o público da cidade com uma temporada gratuita durante o mês de outubro, comemorando os 28 anos de trajetória do grupo.
As apresentações têm início no Centro Cultural Casarão, em Barão Geraldo, nos dias 4 de outubro, sexta-feira, às 14h30, e 5 de outubro, sábado, às 17h. A apresentação de sexta-feira contará com recursos de acessibilidade para os públicos surdo e com deficiência auditiva. A temporada segue com apresentação no CEU Mestre Alceu do Jardim Florence no dia 9 de outubro, quarta-feira, 14h30. Passa pelo CEU Estação Cidadania da Vila Esperança nos dias 16 de outubro, quarta-feira, 14h30, com intérprete de LIBRAS, e 17 de outubro, quinta-feira, 9h30. Na última semana do mês é a vez do Espaço Cultural Maria Monteiro receber Maria Celeste com duas apresentações que contarão também com intérprete de LIBRAS, dias 23 de outubro, quarta-feira, 14h30, e 24 de outubro, quinta-feira, 9h30. Escolas da Rede Pública de Ensino (Ensino Fundamental) podem agendar grupos de alunos pelo direct do Instagram @confraria.da.danca.
Em novembro, a Confraria da Dança também fará três apresentações em assentamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST). “Maria Celesteé estrela bailarina que desponta pra brincar e celebrar a figura simbólica e mitológica do boi encontrada em lendas e histórias do nosso país e do mundo afora. E por meio desta história, queremos levar a cultura popular para todas as regiões de Campinas”, destaca a bailarina Diane Ichimaru.
Em Maria Celeste, o boi é o protagonista
O boi, símbolo de força e resiliência, aparece em diversas culturas ao redor do mundo, desde as pinturas rupestres até os rituais contemporâneos. Em Maria Celeste, o boi é o personagem central que carrega significados profundos e universais. A interação entre o boi e os humanos, presente no imaginário das festas e rituais, é explorada de forma poética e envolvente, criando uma conexão emocional com o público.
Maria Celeste tem dramaturgia e direção da bailarina, coreógrafa e artista plástica Diane Ichimaru, que também assina figurinos e criação das máscaras e bonecos. Diane divide a cena com o bailarino, iluminador e produtor artístico Marcelo Rodrigues nesta nova criação direcionada às crianças, dando continuidade a uma parceria de 28 anos. “Trata-se de uma obra autoral, que reforça as características do repertório da Confraria da Dança, trazendo elementos autobiográficos dos artistas, sobretudo as lembranças da infância, permitindo a expansão da força dramatúrgica da dança que se desdobra em palavras, sonoridades e manipulação de bonecos e máscaras”, comenta Diane.
A concepção de todos os elementos de Maria Celeste é pautada pela simplicidade e o fazer artesanal. Figurinos e cenografia foram desenvolvidos integrando o processo de criação, entrelaçando estes fazeres à direção e criação coreográfica, opção que proporciona extrema independência dentro do desenvolvimento do processo, reforçando o caráter autoral da obra.
Panôs bordados e com aplicações de retalhos de tecidos, máscaras e objetos construídos com papietagem, integram a cena. Tantos brinquedos criados com carinho e detalhe pelas mãos de Diane ganham vida por meio dos corpos dos dois bailarinos, dançando histórias do boizinho. Peças antigas de madeira foram ressignificadas para guarnecer a cena, como a base de uma de cômoda e os pés de uma mesinha de madeira torneada, caixas de ferramentas e banquinhos rústicos de ordenha. Instrumentos de percussão ganham a dança e costuram as histórias.
A trilha musical original é composta pelo violeiro e multi-instrumentista João Arruda, recriando várias vertentes de manifestações populares, utilizando instrumentos da família das cordas, e claro que não podiam faltar as rabecas e suas violas caipiras. Na percussão, uma mistura de caixas, tambores, pandeiros e pandeirões animam as cenas com seu colorido rítmico.
As apresentações de Maria Celeste integram o projeto “Confraria da Dança – 28 anos em Trajetória” fomentado pelo PROGRAMA FUNARTE DE APOIO A AÇÕES CONTINUADAS 2023 e que abrange a circulação em 10 apresentações pela Região Metropolitana de Campinas/SP, oferecendo acessibilidade em LIBRAS em 5 destas apresentações. O projeto viabilizou também a realização de oficinas de capacitação para os integrantes da Confraria da Dança com a caixeira Cristina Bueno e a cantora Titane. O projeto tem o apoio da Secretaria de Cultura e Turismo da cidade.
A ideia
A personagem Maria Celeste nasceu em 1991, criada por Diane Ichimaru na conclusão de sua graduação em dança pelo Instituto de Artes da Unicamp. Em 2016, Diane retomou Maria Celeste para desenvolver um novo espetáculo estreado em 2023, agora com dramaturgia e direção próprias e a parceria de Marcelo Rodrigues. Esta obra não só celebra a figura do boi, mas também reflete a história pessoal e artística de Diane, tecendo memórias de infância com a riqueza cultural brasileira.
Sobre a Confraria da Dança
A Confraria da Dança está sediada na cidade de Campinas/SP desde 1996 e acumula 27 anos de atividades relacionadas à pesquisa, criação e produção artística. Honrando o termo “confraria” – conjunto de pessoas que se associam tendo em vista interesses e objetivos comuns, realiza parcerias com artistas das áreas da dança, teatro, música e artes plásticas. Sua atuação artística ocorre, prioritariamente, fora da capital, seus projetos contemplam ações na própria cidade/sede e em outras cidades de pequeno e médio porte do interior do Estado de São Paulo, difundindo a dança através de atividades de formação e fruição artística, traçando um crescimento radial em seu campo de ação junto à comunidade, promovendo acessibilidade comunicacional e atingindo público leigo de todas as idades, estudantes de arte em processo de formação e artistas profissionais. A Confraria da Dança conquistou em seu percurso premiações da APCA, da FUNARTE/ MINC, Secretaria da Cultura do Governo do Estado de São Paulo, Cultura Inglesa, SESI SP, Itaú Cultural/Rumos Dança, entre outros.
Temporada Campinas
Espetáculo Maria Celeste – Confraria da Dança
Entrada Gratuita – liberada meia hora antes, respeitando o limite de capacidade de plateia.
Agendamento Escolas e Instituições – Para agendamento de grupos de alunos da Rede Pública de Ensino (Ensino Fundamental Ciclo I) e entidades assistenciais, entrar em contato pelo direct do Instagram @confraria.da.danca.
4 e 5 de outubro
Centro Cultural Casarão – Barão Geraldo
dia 4 de outubro – sexta-feira – 14h30 com acessibilidade em LIBRAS
dia 5 de outubro – sábado – 17h
Endereço: R. Aracy de Almeida Câmara, 291 – Barão Geraldo
9 de outubro
CEU Mestre Alceu – Jardim Florence
dia 9 de outubro – quarta-feira – 14h30
Endereço: R. Lasar Segal, 110 – Jardim Florence
16 e 17 de outubro
CEU Estação Cidadania – Cultura Thaís Fernanda Ribeiro – Vila Esperança
16 de outubro – quarta-feira – 14h30 com acessibilidade em LIBRAS
17 de outubro de 2024 – quinta-feira – 9h30
Endereço: R. Demerval da S Pereira, s/nº – Lot. Vila Esperanca
23 e 24 de outubro
Espaço Cultural Maria Monteiro
23 de outubro – quarta-feira – 14h30 com acessibilidade em LIBRAS
24 de outubro – quinta-feira – 9h30 com acessibilidade em LIBRAS
Endereço: R. Dom Gilberto Pereira Lopes, s/n – Conj. Hab. Padre Anchieta
Ficha Técnica
Criadores-intérpretes | Diane Ichimaru e Marcelo Rodrigues
Dramaturgia, direção artística figurinos, bordados, máscaras | Diane Ichimaru
Trilha musical original | João Arruda
Desenho de luz e coordenação de produção | Marcelo Rodrigues
Operação técnica de luz e som | Presto Kowask
Assistência de montagem | Camilla Puertas
Oficinas de qualificação para os integrantes do grupo | Cristina Bueno e Titane
Projeto gráfico | Lucas Ichimaru
Registro fotográfico | João Maria
Interpretação em LIBRAS | Keyla Ferrari Lopes e Verena Teixeira
Comunicação/imprensa | Leila Lemes Branco
Produção | Confraria da Dança
classificação indicativa | Livre
duração do espetáculo | 50 minutos