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Caso Ouro Verde: Comissão vê progresso no processo de intervenção e se reúne com secretário de Assuntos Jurídicos na próxima quarta-feira (24); Nelson Hossri protocola denúncia no MP

A Comissão de Representação que apura o convênio entre a Prefeitura e a Organização Social Vitale que administrava o hospital Ouro Verde, começa a ver resultados da intervenção realizada pelo Executivo na gestão do local. Na tarde desta quinta-feira (18), os vereadores Rodrigo da Farmadic (PP), que é também o presidente da Comissão, Paulo Haddad (PPS), relator; Ailton da Farmácia (PSD), Paulo Galtério (PSB) e Jorge da Farmácia (PSDB) estiveram com o interventor Marcos Pimenta que apresentou um balanço de tudo que está sendo feito no hospital.
“Na primeira visita que fizemos ao hospital a intervenção só tinha sido feita há cinco dias, portanto, vimos muitos problemas, mas neste segundo encontro, após 40 dias de todo esse processo, alguns avanços já podem ser notados, como a retomada de algumas cirurgias, a compra de insumos e medicamentos e o pagamento dos funcionários que segue em dia”. Por outro lado, Farmadic também ressalta que há outros pontos a serem melhorados. “O próprio Dr. Pimenta tem conhecimento que muita coisa ainda precisa ser feita, ainda há falta de funcionário, problemas com equipamentos, como por exemplo, um climatizador da UTI que quebrou e, por isso, foi preciso realocar todos os pacientes, enfim, a comissão segue acompanhando o processo de intervenção e ouvindo da população em relação aos principais problemas que devem ter mais atenção”. 
Para o presidente da Comissão Permanente de Saúde da Câmara – que está atuando em conjunto com a comissão de representação – vereador Paulo Galtério a reunião com o interventor foi positiva. “Estamos tendo acesso a todos os esclarecimentos que buscamos e dá pra notar que houve melhorias, como por exemplo o cronograma com a retomada das cirurgias de urologia, por exemplo”, afirma. 
Próximo Passo: 
Farmadic explica que a comissão está trabalhando em duas frentes: acompanhando o processo de intervenção e também acompanhando as investigações que resultaram no rompimento do contrato com a OS Vitale. Neste sentido, na próxima quarta-feira (24) a comissão se reúne com o secretário de Assuntos Jurídicos, Silvio Bernardin em busca de detalhes do chamamento da contratação da OS e também de todo o seu processo de prestação de contas à Prefeitura. 
“Vamos ouvir o secretário para saber como era feito essa prestação de contas e quem eram as pessoas envolvidas neste processo”, explica o presidente da comissão. A reunião está marcada para às 15h e será no auditório da Associação dos Cirurgiões Dentistas de Campinas, que fica na Rua Francisco Bueno de Lacerda, 300 – Pq. Itália. A reunião será neste local em virtude da reforma do Plenário da Câmara. “Estamos trabalhando e buscando locais que possamos fazer nossas reuniões e audiências da forma mais transparente possível e também com acesso à participação popular”, garante Farmadic ao explicar que o encontro com o secretário é aberto ao público.
 
Representação MP
 
Em meio a todos esse processo, o vereador Nelson Hossri (Podemos) protocolou uma representação no Ministério Público com detalhes de situações enfrentadas por pacientes e funcionários da unidade. Segundo o documento apresentado, entre os transtornos estão a falta de equipamentos adequados para atendimento, presença de insetos na área interna e mau estado de conservação de mobiliários e materiais.
O parlamentar conta que recebeu denúncias, por meio de fotos, de servidores que trabalham no hospital, que preferiram não se identificar para evitar represálias. As fotos foram registradas ao longo do mês de dezembro, ou seja, depois que a operação do Ministério Público que investiga supostos desvios de R$ 4,5 milhões pela OS (organização social) Vitale foi deflagrada.
“Toda essa situação é consequencia da péssima gestão do Hospital e dos escândalos de corrupção. Isso sem contar que diversos servidores foram demitidos sem justa causa e não receberam as devidas verbas rescisórias e indenizatórias garantidas em lei. O MP tem que estar ciente e investigar esse descaso com a população”, destacou o vereador.
Para Hossri, “conforme as evidências, é mais do que necessária a implantação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). Por enquanto, oito vereadores assinaram o pedido, faltando apenas três assinaturas para abertura da investigação pela Câmara”.
Texto: Central de Comunicação Institucional da CMC e Gabinete do vereador Nelson Hossri
Foto: Central de Comunicação Institucional da CMC

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