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Campinas, cidade amiga das abelhas nativas põe colmeia na frente do Paço

 

 

A Fundação José Pedro de Oliveira (FJPO), responsável pela Mata Santa Geneba, deu início ao projeto “Campinas, cidade amiga das abelhas nativas” nesta quinta-feira, 11 de novembro, com a instalação de uma colmeia racional, feita pelo homem, contendo uma colônia de abelhas nativas sem ferrão, instalada em frente ao Paço Municipal. O projeto foi idealizado para despertar a conscientização ecossistêmica e destacar a importância da conservação dos polinizadores de maneira geral, começando com as abelhas nativas sem ferrão.

 

 

A colmeia racional instalada na frente da Prefeitura é parte do projeto que inclui também o Meliponário (local de criação de abelhas, onde são instaladas diversas colônias), inaugurado na Mata de Santa Genebra, em Barão Geraldo. O Meliponário poderá ser apreciado pela população e por estudantes de Campinas e região nas visitas guiadas e autoguiadas que ocorrem semanalmente na Mata de Santa Genebra. A inscrição é recebida no endereço https://www.fjposantagenebra.sp.gov.br/.

 

 

“Temos o senso comum de que as abelhas servem para fazer mel e picar a gente. Quando começamos a estudar biologia, quando você vê a importância da polinização para a evolução das plantas, para a vida, você vê o papel fundamental das abelhas no nosso ecossistema. Parabéns a todos os envolvidos. Com certeza estamos contribuindo com a defesa do nosso meio ambiente”, afirmou o prefeito Dário Saadi.

 

 

“É um projeto muito importante. Campinas hoje passa a ser a cidade amiga das abelhas nativas. As flores, nossas árvores, nossos alimentos, vêm da polinização das abelhas sem ferrão, esses seres magníficos. Nós inauguramos o nosso Meliponário na Mata de Santa Genebra, que é um centro que é referência em pesquisa, centro de formação onde temos várias espécies de abelhas nativas sem ferrão e podemos receber estudantes de escolas públicas, privadas, das universidades, pesquisadores. E esta colmeia instalada aqui na frente da Prefeitura será um símbolo para a nossa cidade, perto do equitibá e de duas figueiras centenárias, todas árvores nativas. O prefeito está passando uma mensagem para Campinas, de que temos que cuidar das nossas abelhas, que são base do nosso ecossistema”, afirmou o presidente da FJPOA, Cidão Santos.

 

 

De acordo com o presidente da Fundação, o Meliponário será símbolo da importância da conservação das abelhas brasileiras sem ferrão, que são polinizadores chave de nossa biodiversidade. Ele acredita que a instalação terá importância na ação de disseminação da consciência ecológica junto à população de Campinas, para a proteção dos insetos.

 

 

“Nós, da Mata de Santa Genebra, estamos engajados, junto aos pesquisadores da Associação dos Meliponicultores do Estado de São Paulo (AmeSampa), da Embrapa, para fazer este trabalho pioneiro no Brasil. As abelhas na Mata Santa Genebra estão muito bem cuidadas pois lá não tem agrotóxico, assim como aqui na frente da Prefeitura”, completou.

 

 

O pesquisador da Embrapa e fundador da AmeSampa, Ricardo Costa Rodrigues De Camargo, também presente na apresentação do projeto, explicou que “o Meliponário tem o foco de trabalhar com o grupo de abelhas nativas sem ferrão. Existe uma diversidade enorme de grupos diferentes de abelhas. Por exemplo, existem as abelhas solitárias, as gregárias – as mamangabas, que não são abelhas sociais. As abelhas criadas na Melipocultura são abelhas sociais e são passíveis de fazer colônias em espaços controlados, que são as colmeias racionais, aquelas caixas de madeira”.

 

 

O secretário do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Rogério Menezes, lembrou que a FJPO tem gestão compartilhada do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). “A equipe de biólogos e técnicos da Mata Santa Genebra está entre as mais competentes, com mais acúmulo de conhecimento sobre unidades de conservação do País”, informou.

 

 

“Parabéns a todos os envolvidos neste projeto. São pessoas que valorizam o meio ambiente, valorizam as abelhas. As abelhas estão na Terra há 100 milhões de anos. E o ser humano está há três mil anos. Então, vamos prestar atenção nisso. Hoje em dia, os produtores estão alugando abelha para fazer polinização na agricultura. Porque o uso intensivo de agrotóxico acaba eliminando as espécies em determinadas regiões”, explicou o secretário.

 

 

O projeto “Campinas, cidade amiga das abelhas nativas” é uma realização da Prefeitura Municipal de Campinas por meio da Secretaria do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Fundação José Pedro de Oliveira – Mata de Santa Genebra, com apoio da Associação de Meliponicultores do Estado de São Paulo (AmeSampa).

 

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