Campanha de vacinação contra pólio e sarampo termina nesta sexta, 31
A Campanha de Vacinação contra pólio e sarampo termina nesta sexta-feira, 31 de agosto. As doses estão disponíveis em todos os centros de saúde para crianças com idade entre 1 ano e 4 anos, 11 meses e 29 dias, mesmo que a carteira de vacinação esteja atualizada.
Segundo o último balanço divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, até 22 de agosto, 60% do público-alvo havia sido vacinado; a meta é imunizar 95% das 5.790 crianças na faixa etária da Campanha.
A coordenadora do Programa de Imunização do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), Gabriela Felix Marchesi, alerta para que os pais procurem uma unidade e vacinem seus filhos. “A Campanha está chegando ao fim e nosso apelo é para que as pessoas procurem as unidades de saúde e imunizem os filhos que fazem parte do público-alvo. “Nossa meta é atingir 95% do público algo, desta forma evitamos a reintrodução do vírus selvagem da poliomielite e do sarampo no município”, afirmou.
Gabriela lembra, ainda, que tanto o sarampo quanto a pólio são doenças graves, mas que podem ser prevenidas com a vacina. “A vacina é segura, os pais podem imunizar seus filhos sem medo”, completou.
A lista completa com os locais e horários de funcionamento dos Centros de Saúde está disponível no site da Prefeitura, na página da Secretaria de Saúde (http://www.saude.campinas.sp.gov.br/saude/).
Balanço
Desde o início da Campanha, em 4 de agosto, té o último dia 22, a Secretaria de Saúde aplicou mais de 68,6 mil doses das duas vacinas, sendo 34,4 mil contra pólio e 34,2 contra sarampo. A cobertura vacinal está em torno de 60%.
O sarampo
A importância de manter a cobertura vacinal das crianças se deve à gravidade das doenças, que são evitáveis com a vacina. Entretanto, podem matar ou deixar sequelas para o resto da vida quando não há a proteção.
O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmitida por gotículas e aerossóis de saliva, pela fala; tosse e espirro. É extremamente contagiosa, mas pode ser prevenida pela vacina. Há risco de ser contraída por pessoas de qualquer idade, que não sejam vacinadas.
Em 2016, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo. Atualmente, empreende esforços para manter o certificado, já que o País registrou surtos e casos isolados da doença. Embora Campinas não tenha registros de sarampo confirmados neste ano, existe a necessidade da vacina pois há casos no Estado de São Paulo. A cidade possui trânsito de pessoas em nível nacional e internacional, por causa do Aeroporto de Viracopos e do Terminal Rodoviário, o que aumenta o risco do contato com a doença.
Atualmente, o Brasil enfrenta dois surtos de sarampo: em Roraima e no Amazonas. Além disso, alguns casos isolados foram identificados nos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pará, Rondônia e São Paulo. O reaparecimento da doença está relacionado às baixas coberturas vacinais no País. No mundo, há registros de casos de sarampo em alguns países da Europa e das Américas.
Os sintomas do sarampo são: febre alta, acima de 38,5°C; dor de cabeça; manchas vermelhas que, geralmente, surgem primeiro no rosto e atrás das orelhas, e, em seguida, se espalham pelo corpo; tosse; coriza; conjuntivite; e manchas brancas que aparecem na mucosa bucal conhecidas como sinal de koplik, que antecede de um a dois dias o aparecimento das manchas vermelhas.
Pólio
A poliomielite também é uma doença infectocontagiosa aguda, causada por um vírus que vive no intestino, denominado poliovírus. Ocorre com maior frequência em crianças menores de quatro anos, mas também pode ocorrer em adultos.
Cerca de 1% dos infectados pelo vírus pode desenvolver a forma paralítica da doença, que pode causar sequelas permanentes, insuficiência respiratória e, em alguns casos, levar à morte. Em geral, a paralisia se manifesta nos membros inferiores de forma assimétrica, ou seja, ocorre apenas em um dos membros. As principais características são a perda da força muscular e dos reflexos, com manutenção da sensibilidade no membro atingido.
A doença pode apresentar poucos sintomas (forma subclínica) ou nenhum e estes são parecidos com os de outras doenças virais ou semelhantes às infecções respiratórias como gripe, febre e dor de garganta, ou infecções gastrointestinais como náusea, vômito, constipação (prisão de ventre), dor abdominal e, raramente, diarreia.
A transmissão se dá diretamente de uma pessoa para outra, por meio de gotículas de saliva ou com material contaminado com fezes (contato fecal-oral), o que é crítico quando as condições sanitárias e de higiene são inadequadas. O poliovírus também pode ser disseminado por água e alimentos contaminados por fezes. A transmissão ocorre com frequência a partir de indivíduos sem sintomas.
De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), três países ainda são considerados endêmicos (Paquistão, Nigéria e Afeganistão). O Brasil está livre da poliomielite desde 1990. Em 1994, o país recebeu, da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a Certificação de Área Livre de Circulação do Poliovírus Selvagem.