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Bosque dos Jequitibás acolhe e trata animais resgatados na cidade

Aves que estavam feridas, uma coruja-orelhuda e um gavião de cabeça cinza, acolhidas e cuidadas no Bosque dos Jequitibás há cerca de dois meses, passaram por reabilitação e agora estão se restabelecendo. Outros animais também foram resgatados há alguns dias e passam por tratamento. 

 

O gavião e a coruja foram feridos com tiros de chumbinho e cerol (vidro triturado colado à linha de pipas), resgatados pela Polícia Ambiental, e passaram por atendimento em clínicas veterinárias de parceiros voluntários e processo de reabilitação com a equipe veterinária do Bosque. 

 

O veterinário do Bosque dos Jequitibás, Douglas Presotto, conta que agora a coruja está em um recinto com outras corujas. Como ela teve uma asa amputada, não consegue mais voar e caçar a presa. Por isso, agora será moradora do Bosque. “É uma ave de rapina, que voa e pega a presa com as garras. Sem poder voar, não pode mais caçar e se alimentar”, explica o veterinário.

 

O gavião teve lesão em uma das asas por causa de tiros de chumbinho e está recuperado. Passou por cirurgia e tratamento. Agora está em processo de reabilitação para a soltura. “Está em observação para verificarmos se e quando ele poderá ter um voo perfeito”, diz o veterinário.

 

Outros bichinhos

 

Além das aves, o Bosque dos Jequitibás recebeu da Polícia Ambiental, há poucos dias, uma gambá, com filhotinhos; uma corujinha-do-mato filhote; e um macaco sagui. A situação em que foram encontrados é semelhante, caídos em algum lugar da cidade.

 

O veterinário Douglas Presotto explica que a gambá que chegou ao Bosque, com os filhotes na bolsa, foi encontrada caída e debilitada e está sendo cuidada. De acordo com o veterinário, esta é a época de reprodução de gambás. As mamães gambás, mais vulneráveis neste período, especialmente quando estão carregando os pequeninos filhotes na bolsa, tendem a ser atacadas por animais ou atropeladas. 

 

A corujinha-do-mato também é filhote e foi encontrada perdida, fora do ninho. “Ela passará por um processo chamado terminação, que é ajudar a terminar o crescimento. Quando ela tiver adulta, será definido qual o destino dela”, diz Douglas. 

 

Um sagui também está em recuperação. Aparentemente sofreu algum tipo de lesão. Está com um pouco de dificuldade de coordenação motora, o que pode ter sido causado por queda ou choque elétrico. Está em tratamento e quando estiver recuperado poderá ser solto. 

 

Parceiros em resgate e cuidados

 

O Bosque dos Jequitibás desenvolve um trabalho fundamental em parceria com a Polícia Ambiental e os Bombeiros, ao acolher animais silvestres que tenham sofrido acidentes ou maus-tratos e oferecer cuidados para que sejam reabilitados e possam retornar à natureza.

 

O Bosque dos Jequitibás fica na Rua Coronel Quirino, 2, Bosque. É aberto ao público de terça-feira a domingo, das 6h às 18h.

 

 

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