Unicamp “fabrica” farinha de mandioca com três vezes mais ferro
A mandioca é um alimento muito popular no Brasil. Contudo, parte do tubérculo costuma ser descartada pelos produtores como resíduo. Para agregar valor a este alimento tão presente na mesa dos brasileiros, pesquisadores desenvolveram uma tecnologia para enriquecer as folhas de mandioca.
O estudo teve a participação de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), do Instituto Agronômico (IAC), da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), e de um pesquisador independente. O resultado é uma farinha rica em ferro, com finalidade nutritiva, capaz de reduzir uma das deficiências de minerais mais frequentes na população adulta e infantil.
“Essa tecnologia enriquece a folha da mandioca e faz com que o alimento ofereça uma biodisponibilidade de ferro quase três vezes maior em comparação a outros alimentos vegetais”, explica Mário Maróstica, pesquisador da Unicamp e responsável pela tecnologia.
O processo de biofortificação das folhas secas da mandioca utiliza apenas três matérias-primas, a mandioca, uma fonte de ferro e água. Isso permite a qualquer produtor gerar a farinha enriquecida com ferro dentro de uma cooperativa e comercializá-la, seja como produto final para o consumidor ou na forma bruta para indústrias de alimentos.
A tecnologia teve pedido de patente depositado pela Agência de Inovação Inova Unicamp no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e está disponível para licenciamento pelo setor privado e público. “Focamos no desenvolvimento de um produto de fácil aplicação industrial. Além disso, a farinha biofortificada é um alimento seco, menos suscetível à contaminação microbiana, e com longa durabilidade” expõe Maróstica.
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