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Paratletas de Campinas já estão em Tóquio para Jogos Paralímpicos de 2020

As emoções dos Jogos Paralímpicos 2020 começam nesta terça-feira, dia 24 de agosto, às 8h, com o enxuto e discreto desfile de abertura no Estádio Nacional de Tóquio. Os paratletas medalhistas, Petrúcio Ferreira e Evelyn Oliveira, serão os porta-bandeiras representantes do Brasil na cerimônia. Quatro atletas da APC, Associação Paraolímpica de Campinas, apoiados pelo Fiec (Fundo de Investimentos Esportivos de Campinas), da Secretaria de Esportes e Lazer, vão competir no segundo maior evento multiesportivo do planeta.

 

Nas duas últimas semanas, os atletas paralímpicos de várias partes do mundo tiveram um bom período de recuperação depois do desgaste excessivo da viagem, como foi o caso da delegação brasileira. As instalações da Vila Olímpica foram totalmente adaptadas para que tudo esteja dentro dos padrões elaborados pelo Comitê Organizador dos Jogos Paralímpicos. Um enorme espaço foi montado para a atuação de técnicos especializados em consertos de cadeira de rodas, óculos e próteses.

 

Paratletas de Campinas

 

Alan Fonteles, os irmãos Ketyla Paula Pereira Teodoro e Kesley Josué Pereira Teodoro, como também Ricardo Gomes de Mendonça, estarão nas pistas defendendo o país nas provas de atletismo. Thiago Lourenço, membro da comissão técnica da equipe brasileira, e o atleta guia, Rodrigo Chieregatto, também trabalham diretamente com os paratletas da cidade.

 

Em média, três dias depois do desembarque, os brasileiros já estavam devidamente adaptados ao fuso horário. A etapa seguinte foi a carga de treinamentos. Como neste período do ano chove muito no Japão, o trabalho foi alternado entre pista e academia, uma vez por dia. À medida que a competição se aproxima, os profissionais responsáveis pelos treinamentos trabalham de acordo com a característica e resposta do corpo de cada paratleta.

 

Otimismo geral

 

Acostumado a frequentar o pódio Paralímpico, Alan Fonteles, da APC, disputará pela quarta vez os Jogos. Foi medalha de ouro em Londres nos 100 metros. Prata duas vezes nos 4×100 metros, em Pequim e Rio. A preparação toda é feita para superar os alemães e americanos, sempre muito fortes também nestas provas: “mesmo com a pandemia atrapalhando os treinamentos, vamos fortes em busca do pódio”, afirmou Fonteles.

 

Ricardo Gomes de Mendonça, aos 31 anos, vai disputar pela primeira vez a Paralimpíada. É especialista na prova dos 200 metros e confirmou índice no Para Athletics Grand Prix 2021, contra adversários de grande experiência.

 

Família Teodoro

 

Os irmãos Ketyla e Kesley Teodoro estão mais unidos do que nunca nesta experiência Paralímpica. Kesley, aos 28 anos, apresenta grande evolução na prova dos 100 metros. Foi quarto colocado na Rio 2016. Ketyla alcançou índice no mundial de Dubai. Vai para a prova dos 400 metros, feliz e leve, com o cuidado que tem recebido dos voluntários: “Estou impressionada com o carinho, a atenção demonstrada por eles. Estamos sendo super bem tratados. Isso nos motiva muito, para buscar uma medalha”, justificou.

 

Apoio Total

 

O secretário de Esportes e Lazer, Fernando Vanin, também emana as boas energias para o nosso time Paralímpico, que em todas as competições que participa, demonstra grande comprometimento em representar bem o país. E tem na superação, a marca registrada dos vitoriosos: “Nossos atletas Paralímpicos são exemplos de resiliência, determinação e força. Campinas tem orgulho de cada um e sabe que independentemente do resultado final, são todos vencedores”, concluiu.

 

A delegação brasileira, em Tóquio, é composta por 260 integrantes entre paratletas, atletas guias e comissão técnica. No quadro de medalhas, a meta do Comitê Paralímpico é ficar entre os 10 países mais bem colocados. Outra marca projetada pelos dirigentes é alcançar a centésima medalha de ouro na história dos Jogos Paralímpicos. Atualmente, o Brasil tem 87 e boas chances de alcançar esse objetivo.

 

 

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