A Defesa Civil de Campinas fez a primeira reunião do Comitê de Gestão de Risco e Desastres – Operação Chuvas de Verão 2025/2026 na manhã desta terça-feira, 25 de novembro, na Sala de Resiliência, no 5º andar do Paço Municipal. A Operação Chuvas de Verão vai de 1º de dezembro a 31 de março de 2026. O decreto será publicado no Diário Oficial do Município. A audiência pública para apresentar as propostas para a Operação Chuvas de Verão foi no dia 4 de novembro de 2025.
 

A Operação Chuvas de Verão reúne vários órgãos do poder público para atuar em situações de emergência e desastres ocasionados por temporais. A estratégia, todos os anos, é mobilizar várias áreas para o enfrentamento dos eventos climáticos durante o período mais chuvoso do ano, como acompanhamento de índices pluviométricos e previsão meteorológica, envio de alertas à população e aos órgãos responsáveis, vistorias em área de risco e adoção de medidas antecipadas para reduzir riscos. 
 

Atenção especial na temporada
 

O coordenador regional e diretor da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado, destacou alguns pontos de atenção especial para a próxima temporada, como os treinamentos e simulados com grupos da comunidade; preparação antecipada para assistência de moradores em áreas com mais risco de alagamento, como o Beco do Mokarzel, no distrito de Sousas, perto do rio Atibaia; o monitoramento do índice de chuva para avaliar a necessidade de manter os parques abertos ou não; e a possibilidade de ampliar medidas como a instalação de defensas em áreas com risco de alagamento, próximas a córregos.
 

Uma novidade este ano, segundo Sidnei Furtado, é a aplicação da ferramenta Scorecard da Organização das Nações Unidas (ONU) para os órgãos que atuam no atendimento a multirriscos. É uma estratégia que já foi empregada em outras áreas como saúde, sistemas alimentares e pessoas com deficiência. “É um questionário, com mais de 30 perguntas sobre multirriscos, para ser respondido por vários órgãos que atuam em conjunto nas ações do Comitê. Estas respostas serão enviadas para a ONU e também serão utilizadas pelas nossas equipes para embasar medidas de enfrentamento a riscos e desastres.”, explicou Sidnei. Uma reunião será feita nos próximos dias para detalhar como funcionará a autoavaliação.
 

A meteorologista do Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura), Ana Ávila, fez uma apresentação com as perspectivas de chuva para o próximo Verão, com dados para nortear as ações da Operação Chuvas de Verão. “Segundo a estação do Cepagri, a média esperada para dezembro é de 209 milímetros de chuva e 278 milímetros em janeiro. Esta quantidade prevista de chuva está dentro da normalidade, do esperado, porém existe a variabilidade natural do clima.” explicou a meteorologista.