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Brasil tem aumento de 80% no número de pessoas estressadas e médico alerta para o risco para doenças cardíacas

Dormência nos braços, sensação de fraqueza, dor de cabeça, tontura e falta de ar. Parece a descrição clara de sintomas de infarto, mas nem sempre estes sinais do corpo sinalizam um problema mais grave.

A rotina muito atarefada da maioria das famílias, faz com que os compromissos profissionais e sociais tenham um ponto de começo, mas não um final. A sensação é de que 24 horas seja pouco tempo na vida de quem trabalha, estuda, cuida da casa e dos filhos, por exemplo. E é ai que o estresse vai agindo em nosso organismo, liberando hormônios e substâncias químicas que deixam nosso corpo em estado de alerta.


       A pandemia do Covid-19 fez o mundo parar e a grande maioria das pessoas passou a trabalhar remotamente. Porém, nem todo mundo se adapta à rotina do home office e acaba misturando o trabalho com a rotina do lar, gerando mais estresse. Antes da pandemia o Brasil já era o segundo no hanking de população mais estressada do mundo, de acordo com uma pesquisa realizada pelo International Stress Management Association (Isma – Brasil), de 2017. Agora, uma pesquisa recente da Universidade do Rio de Janeiro (UERJ), mostrou que os casos de estresse e ansiedade aumentaram em 80% com o distanciamento social. O estudo mostrou ainda que as mulheres são as mais afetadas com a ansiedade e estresse durante a epidemia do Coronavírus.


      O médico cardiologista Dr. Augusto Vilela, alerta para os cuidados com o excesso de estresse, que em altos níveis pode sim levar a um infarto ou acidente vascular cerebral (AVC). Embora os sintomas de estresse e infarto possam ser parecidos, existem algumas diferenças que ajudam no diagnóstico inicial.

Segundo o Dr. Augusto Vilela, a maioria dos pacientes que está sofrendo um ataque cardíaco, apresenta dor aguda no meio do peito, no braço esquerdo, gerando formigamento e nas costas podendo refletir em outros pontos como nuca, ombros, mandíbula, queixo e estômago. “É muito importante que em ambos os casos o paciente procure ajuda médica imediatamente. Somente um médico pode fazer um diagnóstico preciso, afinal, não se pode “brincar” com doenças cardíacas”

 Segundo o cardiologista, para combater o estresse, não devemos nos descuidar da alimentação saudável e atividade física, que dentre seus inúmeros benefícios, ajuda a liberar endorfina, hormônio responsável pela sensação de bem estar e prazer.

Cuidar da mente também é fundamental, evitando notícias catastróficas em excesso, escolhendo boas leituras e amizades verdadeiras. “A ansiedade não ajuda a resolver os problemas e traz prejuízos para a saúde de todos”, completa.

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