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Guarda municipal de Campinas salva menina de 1 ano engasgada após mamar

Uma equipe do Projeto Integração (Proin), da Guarda Municipal de Campinas, viveu uma situação rara e com final feliz no início da manhã de ontem, terça-feira 18 de fevereiro. A ação rápida do GM Elias Evangelista Pereira salvou a vida de uma menina, de apenas 1 anos de idade, que engasgou após ser amamentada. Encaminhada para o hospital, a criança ficou em observação e já teve alta.

 

Os guardas municipais Evangelista e Edson Lopes, do Programa de Integração (Proin), que leva o trabalho preventivo da Guarda Municipal para a comunidade, estavam no Instituto Popular Humberto de Campos, no centro de Campinas, para um encontro com pais e mães dos alunos. A palestra “Criando filhos nos dias de hoje” reunia cerca de 75 pessoas e já estava em andamento quando os guardas perceberam uma movimentação estranha na plateia.

 

O GM Evangelista então se aproximou e viu a mãe com a criança já desacordada. Ele conta que imediatamente tentou o procedimento de desafogar a menina, colocando-a no braço e dando batidinhas nas costas e checando se não havia nenhum objeto obstruindo a respiração. Como viu que ela não respondia, improvisou uma adaptação da manobra de Heimlich, método e desobstrução das vias aéreas superiores por um corpo estranho em que se pressiona o diafragma induzindo o movimento de expulsão. Deu certo e a menina voltou a respirar, expelindo muita secreção e o leite da mamada. O guarda conta que no início a criança teve alguma dificuldade em respirar mas logo chorou e foi encaminhada rapidamente para o hospital.

 

Enquanto Evangelista realizava os procedimentos, o colega GM Edson Lopes acionou o Samu e outra equipe da Guarda Municipal que estava nas proximidades da escola e chegou para dar apoio. A mãe e a menina foram levadas para o pronto socorro do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, onde a criança ficou em obervação. O GM Evangelista falou com a mãe da criança, que contou que a filha teve alta do hospital na tarde de ontem mesmo e passa bem. A família mora no bairro Cidade Singer.

 

Emoção

 

“Pude ser útil, ser um instrumento para salvar a vida de uma criança”, avaliou o GM Evangelista. Para ele, voltar a fazer a criança respirar, acalmar a mãe e se manter no controle da situação foi fundamental. “Fiz o que tinha que fazer. A gente trabalha com essas situações de limite. Fico feliz pela vida que foi preservada”, disse emocionado.

 

Após o salvamento, a equipe dos guardas municipais continuou a palestra para os pais no Instituto Popular Humberto de Campos e seguiu para novo encontro já agendado pelo Proin em outra escola. No final da manhã, ao chegar a Base da GM no Taquaral, ele diz que se deu conta da situação. Ao falar com a esposa pelo telefone, na hora do almoço, conta que chorou emocionado ao lembrar da situação e diz ter pensado sobra a linha tênue entre a vida e a morte. “Você acaba refletindo sobre essas coisas”, disse.

 

Aos 47 anos, o GM Evangelista está na Guarda Municipal de Campinas há 22 anos. “É um sentimento duplo de gratidão e de dever cumprido”, avaliou, lembrando que como guarda está sempre a serviço da comunidade, mas que acredita que todas as pessoas estão nesse mundo para ajudar e fazer o seu melhor. A menina que ele salvou completou 1 ano no último dia 11 de fevereiro.

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