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Ações incentivam combate ao abuso e exploração sexual infantojuvenil

Este ano, o movimento da Campanha do 18 de Maio – Faça Bonito, em combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, foi realizado em todos os territórios de Campinas, de forma articulada com os serviços e políticas de proteção da criança e adolescente. As ações que ocorreram nesta sexta-feira, dia 17 de maio, envolveram as políticas públicas de Assistência Social, Educação e Saúde, com o objetivo de sensibilizar as comunidades, e a rede socioassistencial de serviços, para o enfrentamento da violência infantojuvenil.
As atividades foram organizadas pela Comissão de Enfrentamento à Violência Doméstica contra Crianças e Adolescentes do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA). O órgão disponibilizou recursos financeiros para as várias regiões geográficas do município realizarem as atividades.
De acordo com a coordenadora dos serviços de média complexidade da Secretaria Municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos, Maria Angélica Bossolane, cada território definiu as ações pertinentes ao seu público para estabelecer estratégias de enfrentamento a esse fenômeno social.
Foram realizadas caminhadas, oficinas, exposições, distribuição de material informativo, com a participação das crianças, dos adolescentes e das famílias de cada região do município. A descentralização das ações visa ampliar o trabalho de conscientização para que seja mais efetivo e alcance um público maior”, explicou Maria Angélica.
Ações nas regiões
A Rede Intersetorial Tancredão, que abrange a região sudoeste, realizou uma programação ampla. Entre as atividades estiveram a confecção de cartazes com as crianças, passeata pelos bairros com carro de som, apresentação de teatro no Centro de Estudos e Promoção da Mulher Marginalizada (CEPROMM), apresentação musical e de capoeira na Casa da Criança Maria Luíza Hartzer e plantio de girassóis e outras plantas na horta comunitária do Centro de Saúde Tancredo Neves.
A ação aconteceu em parceria com o Distrito de Assistência Social (DAS), Visa Sudoeste, Centros de Saúde Tancredo Neves e Capivari e as ONGs CEPROMM e Casa da Criança Maria Luíza Hartzer.
Região Norte
Na região Norte, a Rede Intersetorial Nascente, do bairro San Martin, realizou uma passeata com carro de som. Também houve palestra sobre o abuso e seu impacto, com a participação de trabalhadores e estudantes.
Durante a semana, a Secretaria de Educação fez um trabalho, em conjunto com a ONG Semear, com as escolas estaduais Bernardo Caro e Maria de Lourdes, EMEF/EJA Edson Luís Lima Souto e CEMEI Domingos Walter Schimidt.
Os alunos produziram cartazes e faixas e discutiram sobre o assunto. Nesta sexta-feira, dia 17, realizaram pintura de rosto e distribuíram pipocas para as crianças.
A Intersetorial Nascente é composta pelos Centros de Saúde San Martin e Cássio Raposo, Conselho Local de Saúde, escolas do território, diretórios acadêmicos, ONG Semear, associações de moradores e o NASF Nascente – uma equipe de saúde que atende os dois CS.
A coordenadora do Centro de Saúde San Martin, Livia Agy, disse que o medo de denunciar episódios de violência é umas das principais dificuldades para identificarmos as crianças em situação de violência. “A conscientização da população é de extrema importância para que possamos ajudar as crianças e adolescentes em risco”, aponta.
Os casos de violência contra crianças e adolescentes devem ser denunciados  pelo Disque 100. A ligação é gratuita e anônima.
18 de maio
18 de maio é o Dia Nacional de Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Lembrada desde 2000, a data tem como objetivo mobilizar a sociedade para esse tema.
Essa data foi escolhida porque nesse dia, em 1973, uma menina de oito anos foi sequestrada, violentada e cruelmente assassinada no Espírito Santo. Seu corpo apareceu carbonizado seis dias depois, e os seus agressores, jovens de classe média alta, nunca foram punidos.

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