Prefeitura expõe sobre Unidades de Conservação em evento no Equador
Os entraves e os avanços na gestão das Unidades de Conservação (Ucs) locais é o tema que o secretário municipal do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Campinas (SVDS) e presidente da Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (Anamma), Rogério Menezes, expõe como debatedor convidado nesta quarta-feira, 4 de outubro, em Quito, no Equador, no encerramento da Conferência Internacional “Conservação da Biodiversidade e os Governos Locais: Experiências com Áreas Protegidas Locais em Brasil, Colômbia, Equador e Peru”.
O evento teve início no dia 2 de outubro, na sede da Universidade Andina “Simón Bolívar” e faz parte do projeto “Áreas Protegidas Locais”, promovido pela corporação alemã GIZ, a Associação Internacional de Governos Locais pela Sustentabilidade (ICLEI) e a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), com o apoio do Ministério Federal do Meio Ambiente da Alemanha e dos quatro países envolvidos. A conferência visa melhorar o quadro institucional para a gestão eficaz e boa governança das áreas protegidas locais nos quatro países, além de possibilitar a troca de experiências sobre boas práticas. Rogério Menezes viajou a Quito a convite do ICLEI, que custeou as passagens e estada do secretário.
Na palestra a prefeitos municipais, secretários, técnicos e representantes de Governos Federais da Colômbia, Equador, Peru e Brasil, Menezes discorreu sobre o papel hoje desempenhado pela Anamma Brasil para o fortalecimento dos Órgãos Gestores Municipais de Meio Ambiente e sobre a parceria com GIZ/ICLEI/Agemcamp no projeto de Corredores Ecológicos e Planejamento Metropolitano na RMC, assim como do projeto Anamma/ONU Ambiente de capacitação para Elaboração de Planos Municipais da Mata Atlântica pelos municípios brasileiros. Apresentou também o histórico da criação das Unidades de Conservação em Campinas e das dificuldades de implementação, com destaque para as particulares da Mata de Santa Genebra e a Fundação José Pedro de Oliveira-FJPO, que administra a UC.
Sobre as Ucs, Menezes afirmou que, para a efetividade da gestão das Unidades de Conservação locais e outras medidas de conservação é necessário, primeiro, um fortalecimento da gestão municipal na pasta de meio ambiente.
“ O convencimento tanto do poder público local como da sociedade civil sobre a importância da conservação do meio ambiente, por meio de estratégias que comprovem que o resultado não é o impedimento do desenvolvimento econômico e social, é fundamental. Essa estratégia passa por um amadurecimento técnico da secretaria responsável, pela presença política diante de outras secretárias, pela presença de um corpo técnico e jurídico sólido, por capacidades financeiras e por um arcabouço de informações técnicas que não apenas justifiquem a importância da criação e gestão de unidades de conservação como seja capaz de priorizar essa estratégia diante de outras alternativas de atividades econômicas”, disse Menezes.
Campinas tem 179 UCs de Proteção Integral distribuídas em 1.068 quilômetros quadrados de área; e 116 UCs de uso sustentável em 57.240 quilômetros quadrados de área. As Unidades de Proteção Integral possuem como principal objetivo garantir a preservação e conservação de remanescentes de vegetação nativa de cerrado e de floresta estacional semidecidual, que são as fitofisionomias dominantes da região. As Unidades de Uso Sustentável têm como objetivo principal disciplinar o ordenamento territorial, visando garantir a qualidade de vida e a compatibilização do uso pelo homem, seja urbano ou rural, com a conservação dos atributos naturais.