Ceasa registra queda na demanda e na oferta dos mercados nesta segunda
Os mercados de hortifrutigranjeiros e de flores, plantas e acessórios da Ceasa Campinas registraram queda tanto na oferta quanto na demanda de produtos nesta segunda-feira, 28 de maio. No Mercado de Hortifrútis, a disponibilidade de hortaliças e frutas é de apenas 15% da oferta normal, que é de cerca de 3,5 mil a 4 mil toneladas/dia. No Mercado de Flores, a oferta é de cerca de 5% de um total diário de 400 toneladas de produtos. No entanto, a demanda de clientes é próxima a zero em ambos os mercados.
“O grande problema hoje é mobilidade. Ao mesmo tempo, não temos demanda e nem oferta devido à falta de transporte. Num raio maior que 50km, você não consegue deslocamento”, explicou o diretor técnico-operacional da Ceasa, Claudinei Barbosa.
Segundo ele, apenas cerca de 70 caminhões com carga, todos de pequeno porte, conseguiram chegar ao entreposto campineiro nesta segunda-feira. “Tivemos três caminhões que chegaram apedrejados, todos vindos da mesma região no Circuito das Águas”, disse Barbosa.
Por causa da baixa demanda, é possível encontrar nos mercados da Ceasa Campinas uma boa variedade de hortifrútis, incluindo batata, cebola, alho, tomate, laranja, entre outros. Os preços, segundo Barbosa, continuam estáveis em relação à última sexta-feira.
No Mercado de Flores, cerca de 80% dos 340 comerciantes não compareceram ao local hoje para trabalhar, já prevendo uma demanda baixa de clientes, segundo o gerente do mercado, Alexandre Valle. “A pedido da Aproccamp, a associação dos comerciantes do mercado, nesta segunda-feira nós liberamos a entrada para todos os consumidores, incluindo os de varejo, já a partir das 8h”, informou Valle. Normalmente, às segundas-feiras, a parte da manhã é reservada exclusivamente ao público atacadista.
No sábado, o Mercado de Flores e o Varejão da Ceasa tiveram o menor público já registrado nos últimos anos. Apenas 350 pessoas passaram pelo local. Normalmente, o mercado tem uma média de 8 mil pessoas aos sábados.
A Ceasa Campinas é a quarta maior central de abastecimento do País e movimenta, anualmente, cerca de 700 mil toneladas em produtos hortifrutigranjeiros, flores, plantas e acessórios.