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Greve de caminhoneiros prejudica abastecimento na Ceasa Campinas

O protesto nacional dos caminhoneiros provocou impactos significativos no abastecimento e no preço dos principais produtos hortifrutigranjeiros comercializados na Ceasa Campinas, nesta quinta-feira, 24 de maio. Segundo o diretor técnico-operacional da central, Claudinei Barbosa, cerca de 15 mil toneladas de produtos deixaram de ser comercializadas na Ceasa desde a última segunda-feira, o que representa um prejuízo estimado de até R$ 25 milhões.

 

Devido aos bloqueios nas rodovias, apenas cerca de 100 caminhões, de um total de 3.500 veículos que circulam diariamente no local, conseguiram chegar à central nesta manhã, o que reduziu drasticamente a oferta de frutas, legumes e hortaliças. Como consequência, os preços de alguns dos principais produtos comercializados no entreposto aumentaram. A batata, por exemplo, que era vendida a R$ 1,40 o kg, nesta quinta-feira chegou a R$ 5,00/kg, em alguns boxes. 

 

“Todos os veículos que estão fora de um raio de 100km da Ceasa não estão chegando. Temos muitos casos de perda completa da carga. A previsão é de total desabastecimento de produtos de giro rápido até segunda-feira, caso a greve continue”, avalia Barbosa. 

 

Além da batata, outros produtos de venda rápida são tomate, cebola, alho, melancia, abacaxi e banana. “No caso do tomate, por exemplo, ainda temos à venda porque somos abastecidos por produtores de Mogi Guaçu e Sumaré, mas a oferta caiu cerca de 80%”, disse.

 

 

 

Mercado de Flores

 

O Mercado de Flores da Ceasa também registrou impactos no abastecimento na manhã desta quinta-feira. De um total de 60 caminhões, apenas 20 conseguiram chegar ao entreposto para descarregar flores, plantas e acessórios comercializados no local, segundo informou o gerente do Mercado de Flores, Alexandre Valle. “Mas os preços, por enquanto, se mantêm estáveis, segundo apuramos junto aos próprios comerciantes. Também até o momento não estão faltando mercadorias”, disse Valle.

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