A Secretaria de Saúde de Campinas incorporou o chatbot à estratégia do uso de estações disseminadoras de larvicida (EDLs) para combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. A ferramenta, já utilizada em outros serviços de saúde do município, enviou, nesta sexta-feira, 5 de dezembro, alertas de visitas de agentes aos 435 moradores que possuem as armadilhas instaladas em suas residências na região do Centro de Saúde União dos Bairros.
A mensagem informou que os agentes visitarão as residências para manutenção mensal das estações entre os próximos dias 11 e 12.
A eficácia da estratégia depende que os munícipes abram suas portas para os agentes realizarem a manutenção mensal das EDLs. As redes dos equipamentos carregam o larvicida e precisam ser trocadas regularmente para manter o funcionamento adequado no controle do mosquito.
A partir de hoje, os moradores vão receber mensagens quando as visitas técnicas estiverem próximas, permitindo que se organizem para receber os agentes. A comunicação antecipada busca superar a principal dificuldade da estratégia: o acesso aos imóveis para realizar a manutenção necessária.
“A participação da população é determinante para o sucesso desta nova estratégia. Portanto, pedimos a colaboração dos moradores que tiverem as armadilhas instaladas em suas residências que deixem que os agentes de saúde, devidamente identificados, façam a manutenção necessária”, ressaltou a coordenadora do programa de Arboviroses de Campinas, Lillian Gonzalez Bonifácio.
Como funcionam as EDLs
As estações disseminadoras de larvicida consistem em baldes com água e telas impregnadas com larvicida. A fêmea do Aedes aegypti, ao depositar ovos no recipiente, contamina-se com o produto e o transporta para outros criadouros em um raio de até 400 metros. O larvicida disseminado impede o desenvolvimento das larvas, que morrem antes de se tornarem mosquitos adultos. Sem a troca mensal das telas, a concentração do larvicida diminui e a estratégia perde efetividade.
Os equipamentos foram instalados em novembro, fornecidos pelo Ministério da Saúde, e fazem parte da segunda fase desta estratégia preventiva. A ação complementa outras medidas de controle de arboviroses realizadas pela Prefeitura.
Por que esta região?
A área foi escolhida para esta nova fase do projeto por concentrar alta incidência de casos de dengue desde janeiro deste ano, além do elevado número de casos confirmados da doença. A vulnerabilidade social da região também foi considerada.
As EDLs foram colocadas por agentes de endemia e agentes comunitários de saúde nos dias 13 e 14 de novembro. Os funcionários passaram por capacitação.
A estratégia é segura e não oferece riscos para pessoas ou animais. Cada imóvel que recebeu a estação deve contemplar uma área equivalente a cinco ao redor.
Um representante de cada residência selecionada pela Saúde assinou um termo sobre a EDL e aceitou o compromisso de mantê-la de forma adequada, incluindo o recebimento das equipes para troca de tela e monitoramento de resultados a cada 30 dias pela Saúde. Os relatórios serão futuramente encaminhados ao governo federal para análises.
A estratégia
A primeira fase da estratégia de uso das EDLs começou em 1º de abril com a instalação dos equipamentos em pontos estratégicos no Distrito de Saúde Sudoeste. A lista inclui imóveis com grande presença de possíveis criadouros, como, por exemplo, borracharias, ferros-velhos e reciclagens.
O Distrito de Saúde Sudoeste reúne os bairros de abrangências dos centros de saúde (CSs) São Cristóvão, União dos Bairros, Vista Alegre, DIC 1, DIC 3, DIC 6, Aeroporto, Santo Antônio, Vila União, Santa Lúcia, Campos Elíseos e Capivari.







