O registro de casos de violência contra mulheres adultas residentes em Campinas aumentou 12% na comparação entre 2023 e 2024. Os dados são do 18º Boletim Sisnov (Sistema de Notificação de Violência em Campinas), divulgado nesta quarta-feira, 3 de dezembro, e referem-se a moradoras do município, independente da cidade de ocorrência.
As mulheres adultas concentram a maior parte dos casos. Foram 1.777 notificações de violência contra mulheres de 18 a 59 anos no ano passado. Em 2023 foram 1.585 – alta de 12%. No acumulado do período 2019-2024, foram contabilizados 6.818 registros.
De acordo com o documento, cônjuges ou ex-cônjuges são responsáveis por 42,1% das violências notificadas contra mulheres.
Segundo Ana Paula Crivelaro Ferreira, uma das responsáveis pelo boletim, o aumento das notificações não se deve exclusivamente a um crescimento das violências. “Temos serviços mais sensíveis, preparados e conectados ao tema, capazes de reconhecer situações que antes passavam despercebidas. Esse avanço é fruto da dedicação na formação, do apoio técnico contínuo e do amadurecimento da rede. Graças a esse trabalho permanente, muitos casos antes invisíveis agora são devidamente registrados, fortalecendo a qualidade do cuidado e a vigilância das violências”, afirma Ana Paula.
A Secretaria de Políticas para as Mulheres, junto com outras pastas municipais e em colaboração com instituições de âmbitos estadual e federal e da sociedade civil, tem avançado com a realização de ações e projetos previstos no Plano Nacional de Combate à Violência contra a Mulher e no desenvolvimento de novas políticas públicas. “Também atuamos na divulgação e conscientização nos territórios de Campinas em relação ao Ceamo (Centro de Referência e Apoio à Mulher) em parceria com empresas privadas e coletivos femininos”, comentou a secretária Alessandra Hermann.



