A Secretaria de Saúde de Campinas registra média diária de quatro pacientes que conseguem deixar o tabagismo após participar dos grupos em centros de saúde (CSs) especializados no tratamento do vício em cigarros tradicionais ou eletrônicos/vapes.

O levantamento mostra que 1.061 usuários do SUS Municipal conseguiram mudar de hábito e ter uma vida mais saudável no período de janeiro a setembro, o equivalente a 272 dias. 

Neste período, os 51 grupos antitabagismo ativos em unidades básicas receberam 1.782 participantes nas atividades. As pessoas do sexo feminino foram maioria: 1.122 (62,9%).

Em relação à faixa etária, 58,7% foram pacientes de 18 a 59 anos. As pessoas idosas, com 60 anos ou mais, representaram 40,6%. Já o grupo com menos de 18 anos ficou em 0,7%.

“Este resultado é bastante expressivo e mostra que é uma política pública consolidada pela Secretaria de Saúde em Campinas. A maioria dos CSs tem um grupo e continuamos com o planejamento para expansão”, explicou a coordenadora da Área Técnica de Assistência de Farmacêutica e Programa de Controle do Tabagismo de Campinas, Vivian Nunes. 

O combate ao tabagismo está entre as recomendações do Novembro Azul. A campanha propõe o cuidado integral da saúde de homens, mulheres trans e travestis.

Entre 2010 e 2020, a Saúde de Campinas verificou que as neoplasias de maior incidência em residentes da cidade foram próstata (29,7%), colorretal (11,5%), pulmões (6,6%), estômago (5,5%) e cavidade bucal (5,1%). As três mais relacionadas à mortalidade da população masculina foram câncer de pulmão (13%), de cólon/reto (11%) e de próstata (11%).

“Os indicadores mostram que o cuidado integral com a saúde é extremamente importante e não fumar é um dos principais caminhos para evitar o câncer de pulmão”, falou a coordenadora da Área Técnica da Saúde do Adulto e Idoso em Campinas, Camila Monteiro Gonçalves Dias Silva.