O que acontece quando uma mulher cuida do seu vizinho para que ele prove todos os seus dotes culinários? A resposta está na comédia dramática Uma Noite sem o Aspirador de Pó, em cartaz sábado (20/7) e domingo (21/7), às 20h, no Teatro Barracão, localizado em Barão Geraldo, em Campinas (SP) . Com entrada no chapéu (contribuição emergente da plateia), a programação integra o Projeto Terceiro Sinal do espaço.
Além da encenação do espetáculo, haverá a realização de duas oficinas livres no Teatro Barracão: de interpretação , com a atriz e diretora Suzan Damasceno , no domingo (21/7), das 10h às 13h ; e de dramaturgia, com a escritora e dramaturga Priscila Gontijo, no domingo (21/7), das 14h às 17h . As vagas são limitadas (30 pessoas por escritório) e as inscrições são feitas no local.
Na estrada desde 2015, a montagem tem direção e atuação de Suzan Damasceno , que contracena com o ator Donizeti Mazonas , ao som da bateria de Gabriel D’Incao . O texto da dramaturga Priscila Gontijo traz duas personagens solitárias e um desfecho inusitado. Áurea e Manuel são vizinhos solitários, carinhosos e muito esquisitos. A trama reflete o papel da mulher, o envelhecimento e a dificuldade de estabelecer relações e afetos verdadeiros numa sociedade de consumo.
“Os personagens estão sempre no limite. A partir deste encontro, Áurea e Manuel criam uma simbiose. Quando Manuel vai ao apartamento dela, ele consegue vislumbrar uma forma de salvação, de conexão com o mundo. Já a Áurea tem uma conexão exclusiva com ele. O vizinho se torna a única via de relação dela com um humano. A partir daí, ele consegue se transformar, ela não. Essa é a grande tragédia”, destaca Suzan Damasceno .
Uma sinopse
Áurea e Manuel são vizinhos. Encantada por uma visita inesperada, Áurea sequestra este homem para dentro de sua vida solitária, sem deixá-lo sair antes de provar todas as receitas que inventa em suas madrugadas vazias. Manuel , a princípio, recua diante desse transbordamento súbito, mas a carência de Áurea é tanta que o deixa imobilizado.