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Indaiatuba

Prefeitura e Oxitec iniciam monitoramento de precisão para aedes aegypti

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Foto: Arquivo RIC/PMI

A Prefeitura de Indaiatuba e a Oxitec do Brasil iniciam nesta sexta-feira (9) o monitoramento do Aedes aegypti em seis bairros do município. O objetivo é aferir com precisão a infestação do inseto em áreas que participarão da avaliação de campo da OX5034, nova linhagem do mosquito geneticamente modificado produzido pela empresa para combater o Aedes aegypti selvagem, transmissor de Zika, dengue e chikungunya.

A LPMA (Liberação Planejada no Meio Ambiente) da nova linhagem do inseto foi aprovada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) em agosto de 2017 e prevê a realização de avaliações em campo da linhagem OX5034 em quatro bairros da cidade de Indaiatuba. Outros dois bairros serão monitorados, mas não serão tratados com o mosquito geneticamente modificado, para efeito de comparação. Além do monitoramento do Aedes aegypti selvagem, posteriormente, a avaliação inclui a liberação e o monitoramento da dispersão, longevidade e capacidade de reprodução da linhagem OX5034 no local onde os insetos serão controladamente liberados.

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A tecnologia não traz riscos para a saúde humana, animal ou ao meio ambiente. Serão monitoradas áreas dos bairros Cecap, Jardim Itamaracá, Jardim Moacyr Arruda, Jardim Oliveira Camargo, Jardim São Conrado e Morada do Sol. O monitoramento será realizado com ovitrampas – armadilhas para coleta de ovos, que depois são contados para projeção de estimativas populacionais do mosquito. Ferramenta de monitoramento recomendada pela OMS (Organização Mundial da Saúde), a ovitrampa é composta por um pote plástico preto com água e uma palheta de madeira imersa, servindo de local para as fêmeas do Aedes aegypti depositarem seus ovos. Técnicos da Oxitec vão trocar as armadilhas semanalmente, levando as palhetas para análise no laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa. Saiba mais sobre as ovitrampas neste link (https://goo.gl/YTv3kD).

OX5034

A OX5034 é a nova linhagem do Aedes do Bem™, que tem conseguido excelentes resultados no controle do Aedes aegypti selvagem em 12 bairros onde vem sendo liberado em Piracicaba (SP). Desde o último dia 30 de novembro, os Aedes do Bem™ têm sido liberados também em três bairros da cidade de Juiz de Fora (MG), beneficiando uma população de 10 mil pessoas.

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Os Aedes do Bem™ de ambas as linhagens são mosquitos machos que não picam e não transmitem doenças. Ao serem liberados, esses machos buscam e copulam com fêmeas selvagens do Aedes aegypti, e seus descendentes herdam um gene autolimitante que faz com que eles morram antes de atingir a idade adulta. A prole do mosquito da Oxitec herda também um marcador fluorescente que permite que eles sejam identificados e monitorados. Quando morre, o Aedes do Bem™ se decompõe sem deixar vestígios no ambiente.

Além de otimizar o processo produtivo do Aedes do Bem™, a nova linhagem vai estender os efeitos benéficos da tecnologia, pois em campo, os descendentes machos do Aedes do Bem™ vão copular com fêmeas selvagens. Isso fará com que o gene autolimitante seja transmitido às próximas gerações, desaparecendo gradativamente conforme os cruzamentos com as fêmeas selvagens diluam sua presença no ambiente.

AVALIAÇÃO

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Sem qualquer custo ao município, a parceria entre a Oxitec e a Prefeitura de Indaiatuba prevê a realização da avaliação de campo ao longo de até 36 meses em diferentes áreas. Cada área contará com liberação programada do mosquito OX5034 ao longo de até 18 meses.

A adoção da tecnologia não exclui as medidas convencionais de controle ao vetor já adotadas pela Prefeitura de Indaiatuba, que continuará seu trabalho de eliminação dos focos de água parada onde o Aedes aegypti se reproduz. A intenção é que a nova linhagem do Aedes do Bem™ seja avaliada como uma estratégia adicional no combate ao mosquito transmissor da dengue, Zika e chikungunya.

A secretária municipal de Saúde, Graziela Drigo Bossolan Garcia, ressalta que a população deve continuar fazendo sua parte para evitar a proliferação do mosquito. “O monitoramento e, posteriormente, a soltura dos mosquitos pela empresa serão realizados em áreas muito específicas dentro desses bairros. Desta forma, é importante lembrar que os agentes de controle da dengue continuarão desenvolvendo as atividades para evitar a multiplicação do Aedes, especialmente neste período mais quente e chuvoso, que é quando ele se reproduz. Continuamos contando com a ajuda da população de Indaiatuba para isso”, afirmou.

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Sobre a Oxitec

A Oxitec é pioneira no uso de engenharia genética para controle de vetores e pragas que disseminam doenças e destroem culturas. Foi fundada em 2002 como uma “spinout” da Universidade de Oxford (Inglaterra). A Oxitec é uma subsidiária da Intrexon Corporation (NYSE: XON), empresa que utiliza biologia para ajudar a resolver alguns dos maiores problemas mundiais.

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