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Prefeitura abre concorrência para projeto executivo do Parque Ecológico

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A Prefeitura de Campinas publicou nesta segunda-feira, dia 29 de março, edital de concorrência pública para a contratação do projeto executivo para a restauração, conservação, recuperação e acessibilidade do conjunto arquitetônico do Parque Ecológico Emílio José Salim. O conjunto é formado pela casa sede, casa anexa, tulha, capela e remanescentes arquitetônicos da antiga Fazenda Mato Dentro.

Os recursos para o restauro, informou o secretário de Serviços Públicos, Ernesto Paulella, são da Secretaria de Meio Ambiente do Estado, que liberou R$ 8 milhões para investimentos no local, dos quais R$ 3 milhões já foram utilizados na recuperação das quadras e outras obras e R$ 5 milhões estão reservados para o restauro. A entrega das propostas dos interessados está marcada para 30 de abril.

O projeto vai definir o que precisa ser feito e o custo. Só depois dessa fase, será licitada a obra. Quem vencer a concorrência terá seis meses para apresentar o projeto. Segundo Paulella, o prédio de 1806 está fechado por problemas estruturais sérios, com danos no assoalho, telhados e nas paredes de taipa que correm risco de cair.

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O restauro é parte do convênio entre Prefeitura e Estado, formalizado em 2014, que permitiu ao Município assumir a gestão do Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim. O histórico casarão vai abrigar o Museu da Paz e o Centro de Educação, Memória, Estudo e Cultura Afro-brasileiros.

Para viabilizar o museu e o centro de educação, a Prefeitura depositou a adesão de Campinas a uma iniciativa da Unesco chamada Coalização Latino-Americana e Caribenha de Cidades contra o Racismo, a Discriminação a Xenofobia. Esse projeto implica que o município adote estratégias e políticas públicas contra os três pontos para avançar em políticas públicas nessas áreas.

Acervo
O acervo do museu, que será formado por histórias de vida, documentos e fotografias, está sendo captado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), parceira no projeto, com recursos de um termo de ajustamento de conduta ambiental de uma empresa que foi multada por danos ambientais e que tem como obrigação, conforme TAC com o Ministério Público, reparar também sócio ambientalmente o entorno do local impactado.

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Enquanto o restauro do casarão não for concluído, o acervo será exposto em mostras itinerantes pela cidade, segundo a secretária de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas, Eliane Jocelaine Pereira. Um comitê executivo, com integrantes de várias secretarias municipais foi instituído, há dez dias, para promover a implementação do Museu da Paz e do Centro de Educação, Memória, Estudos e Cultura Afro-Brasileira.

A instalação do Museu da Paz e do Centro de Educação, Memória, Estudo e Cultura Afro-brasileiros visa, de acordo com Eliane Jocelaine, mudar a simbologia do local, que concentrou maior número de escravizados em Campinas no trabalho do cultivo de cana e café. O símbolo do local de muita tristeza e dor se tornará lugar de formação e construção da história do povo negro e principalmente de ações de cultura de paz. Em 1879, a Fazenda Mato Dentro concentrava cerca de 200 escravizados na cultura de café.

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