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Onça-parda na Ceasa pode ser um dos filhotes visto na Mata Santa Genebra

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A onça-parda flagrada pelas câmeras do circuito interno da Central de Abastecimento de Campinas (Ceasa) na madrugada da última quinta-feira, dia 21 de outubro, pode ser um dos filhotes que apareceram em uma filmagem das câmeras da Mata Santa Genebra em julho deste ano.

Como o complexo de abastecimento faz divisa com a Mata, onde onças já foram avistadas, e o felino costuma andar à noite, percorrendo, por vezes, grandes distâncias, a visita está de acordo com os seus hábitos. As imagens realizadas no interior da Mata há meses chamaram a atenção porque foram capturadas durante o dia, o que é raro, e registraram três filhotes de onça-parda brincando ao lado da mãe.

O biólogo da Mata Santa Genebra, Thomaz Barrella, diz acreditar que a onça-parda vista pelas câmeras às 2h, na Ceasa, seja um dos filhotes filmados na Mata. “É grande a chance deste ser um dos filhotes flagrados pela câmera da Mata há cerca de três meses”, apostou. Segundo ele, o filhote fica com a fêmea por aproximadamente um ano, depois vai se desgarrando, ficando mais independente. E a partir daí, a cria busca um novo ambiente, longe da mãe.

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As imagens da Ceasa mostram que o felino veio dos fundos, justamente onde termina a central de compras e começa a Mata. Além disso, o biólogo viu pegadas de onça no sentido contrário ao da Ceasa, na direção da divisa com a Fundação José Pedro de Oliveira, responsável pela Mata, o que reforça a suposição de que a onça-parda é moradora do fragmento de vegetação nativa. De acordo com Barrella, as onças jovens, sem experiência, e que estão se desgarrando da mãe, têm uma chance maior de serem atropeladas.

“Nosso grande medo é que quando o filhote se desgarra da mãe e precisa buscar uma nova área de mata, muitas vezes têm que cruzar as rodovias. No entorno da Mata têm as rodovias Dom Pedro I e a Zeferino Vaz, e os bichos estão sujeitos a atropelamentos”, lamenta Barrella. Segundo ele, corredores ecológicos construídos e devidamente formados ajudam a fauna a ter um ambiente seguro. “Estes bichos não gostam de se expor, costumam fugir quando se deparam com uma pessoa. Eles não atacam, a não ser que se sintam ameaçados, e estão aparecendo por conta da expansão urbana”, completou.

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