Oftalmologista abre as portas de clínica para exames de prevenção
O glaucoma, gerado por lesões no nervo óptico, responsável por decodificar as informações e transformar em imagens, é a maior causa de cegueira irreversível e não tem cura. Para agravar, na fase inicial da doença não há sintomas. Por isso, a prevenção é o melhor remédio. Para marcar o Dia do Combate ao Glaucoma, comemorado no dia 26 de maio, a oftalmologista Cláudia Benetti, de Campinas, abre as portas de sua clínica no Cambuí durante toda a manhã do dia 25 para exames de prevenção. “Um simples exame de observação do nervo óptico já nos revela dados sobre a saúde do paciente. A ideia é alertar a população sobre essa doença silenciosa que pode levar à cegueira. Os hábitos de vida do paciente podem influenciar e é importante alertá-los sobre isso”, explica.
Cláudia esclarece que o hábito de fumar, por exemplo, pode elevar as chances e piorar quadros já estabelecidos. Por outro lado, exercícios físicos como corrida, natação e uma caminhada mais rápida, feitos rotineiramente e sob supervisão, podem reduzir a pressão ocular, principal fator de lesão no nervo óptico, em até 20%, baixando as chances de desenvolver o glaucoma.
“O fumo, por alteração ou privação circulatória, prejudica a nutrição das células da retina e, desta forma, pode influenciar e agravar o glaucoma, que é uma doença vascular e que está relacionada à pressão intraocular. A degeneração das células sensoriais da retina, pelo dano circulatório, leva ao prejuízo da visão periférica de forma irreversível. Já a prática de atividades físicas aeróbicas pode ajudar na prevenção, pois favorece a circulação periférica e terminal. No entanto, deve-se tratar de um hábito, feito de forma constante e sempre com acompanhamento profissional. Já atividades que envolvem muito esforço ou que pedem posições de cabeça para baixo podem agravar o quadro de glaucoma. Cada caso é um caso, por isso a importância da orientação médica”, ressalta Cláudia.
Como a maior parte dos casos da doença é crônico e não agudo, os sintomas são percebidos tardiamente, em estágio bastante avançado. “Por isso, a prevenção é a recomendação no combate ao glaucoma. Mas como ela pode ser feita? Com a visita periódica ao oftalmologista. Na consulta, é feita a medida da pressão intraocular e avaliação do nervo óptico. Exames mais avançados como campimetria (exame ocular que estuda a percepção visual central e periférica) e tomografia de coerência óptica completam o arsenal. Assim, é possível diagnosticar precocemente e tomar todas as medidas para frear a evolução da doença que não tem cura, mas tem tratamento. Quando há casos na família, o cuidado com a prevenção deve ser ainda maior e imperativo e, nas consultas ao oftalmologista, é preciso deixar sempre explícito o histórico familiar”, destaca a médica.
Doenças que favorecem ou agravam o glaucoma
Alguns quadros de saúde também influenciam o aparecimento da doença. Diabetes mellitus, hipertensão maligna, uso crônico de anti-inflamatórios hormonais (como os colírios com corticoides para tirar vermelhidão ocular) e anatomias específicas oculares, que facilitam o aumento da pressão e que são reconhecidas somente pelo oftalmologista, são motivos de atenção redobrada no combate ao glaucoma.
Dra. Cláudia Benetti
Formada pela PUC-Campinas, especialista em Oftalmologia pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), pós-graduada em Medicina Chinesa e Acupuntura pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp) e pós-graduada em Medicina Integrativa pelo Hospital Israelita Albert Einstein.
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Centro de Cirurgia Oftamológica
Exames preventivos de glaucoma das 8h às 12h, por ordem de chegada.
Rua General Osório, 2.159, Cambuí.