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Novidades em flores e plantas estão prontas para dar às boas-vindas à Primavera

flor

Sem a realização da Expoflora, a maior exposição da floricultura nacional da América Latina, que começaria na próxima-sexta-feira, em Holambra, interior de São Paulo, a Cooperativa Veiling preparou uma apresentação dos lançamentos que estão sendo apresentados em 2020, apesar da pandemia. Em média, cada nova variedade demora cerca de sete anos para chegar ao mercado brasileiro, considerando o investimento em tempo de pesquisa e desenvolvimento pelos breeders (melhoristas) estrangeiros e os testes de adaptação de clima e de solo feitos no Brasil.

As novas variedades de flores e plantas ornamentais, este ano, serão apresentadas apenas nas prateleiras dos pontos de vendas e, de forma virtual ao consumidor final, considerando que a sua grande vitrine, a 39ª edição da Expoflora, realizada anualmente em Holambra, interior de São Paulo, que começaria na próxima sexta-feira, dia 28 de agosto, teve que ser adiada para 2021 devido ao isolamento social provocado pela Covid-19. Nem por isso os lançamentos de 2020 deixam de trazer muitas cores e alegria para decorar casas e jardins em um ano difícil para todos os setores. Entre as novidades, estão as floríferas Dianthus dobradas, as delicadas kalanchoes bicolores, a chamativa Crassula Capitella “Campfire”, as exuberantes Begônias Beleaf e Brevirimosa, as alegres margaridas (crisântemos) Bless, as atraentes Peperomias Dolabriformis, as pequeninas Zamios Zimba, os ornamentais Amaryllis com bulbos aparentes e as fashions Phale Glitterz e Echeveria Colors. Mesmo atravessando um período complicado, com o mercado mais difícil de ser recuperado devido ao cancelamento de todos os eventos sociais e corporativos, casamentos e formaturas, os produtores de flores de corte também trazem novidades, como a exótica flor de corte Eryngium “Blue Lagon” e a impressionante rosa Wasabi, na cor verde clara.

A novas variedades são trazidas principalmente da Holanda (entre 60% e 70% delas), da Dinamarca e da Alemanha. Elas são desenvolvidas por breeders (melhoristas), assim chamados por serem os responsáveis pelos melhoramentos genéticos que buscam não apenas a beleza, mas, principalmente, a maior durabilidade e resistência das flores e plantas. Em média, cada nova variedade demora cerca de sete anos para chegar ao mercado brasileiro, considerando o investimento de tempo de pesquisa e desenvolvimento das plantas e flores e os testes de adaptação de clima e de solo feitos pelos produtores no Brasil (no geral, dois anos).

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O investimento varia muito para cada espécie. Michel de Graaf, da empresa de melhoramento genético holandesa Dummen Orange e representante da Spek (também da Holanda) e da Kordes (Alemanha), informa que as pesquisas e o desenvolvimento de cada nova variedade custam em torno de 40 mil euros. A Dummen Orange desenvolve variedades de rosas (vaso e corte), crisântemos (vaso e corte), gérberas, kalanchoes, antúrios, begônias, impatiens, pelargoniuns, petúnias, zantedeschias, phalaenopsis e poinsettias, enquanto a Spek e a Kordes são melhoristas apenas de rosas.

“A rosa ainda é a flor mais vendida no mercado brasileiro. Por isso, chegam anualmente no país cerca de 150 variedades novas para serem testadas pelos produtores, das quais 50 destas empresas que represento. De kalanchoes, creio que estejam em testes entre 30 e 40 novas variedades, atualmente, no Brasil. Por enquanto, independente da flor ou da planta, nenhuma tem nome, ainda. Elas são identificadas apenas por números e códigos. Isso porque, 95% das variedades que são testadas acabam sendo descartadas e nunca chegarão ao consumidor”, explica.

O investimento é feito pelo breeder, cabendo aos produtores os custos dos testes, que incluem a área para o plantio, mão de obra, vasos e produtos, como terra, adubo, fertilizantes e defensivos, por exemplo.  No entanto, os produtores precisam pagar royalties (quantia paga pelo direito de uso, exploração e comercialização) aos melhoristas, pelo investimento realizado. O preço dos royalties é muito variável, de R$ 100,00 para cada mil mudas para algumas variedades de kalanchoes a cerca de U$ 1,00 por planta, no caso das novidades em rosas. “No Brasil, os melhoramentos genéticos já acontecem em frutas e legumes, mas em flores, ainda não. No entanto, em algumas situações surgem cruzamentos espontâneos de flores e plantas – uma mutação natural -, originando uma nova variedade que é separada e acaba sendo multiplicada. Mas é diferente de um melhoramento genético que se preocupa com a maior durabilidade, qualidade e resistência às doenças, e que são as principais preocupações dos melhoristas”, conta Michel.

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Lançamentos

Eryngium “Blue Lagon” – Terra Viva

Exótico na coloração com tons nobres, difíceis de serem encontrados na natureza e com formato único, o Eryngium é uma das flores cortadas mais desejadas no mundo. Possuí inflorescências no tom azul-metálico, cercado por uma coroa de folhagens na mesma tonalidade.  As inflorescências mais novas têm um tom matizado de branco prateado, o que assegura o seu exotismo. A folhagem verde-escuro também tem grande apelo ornamental. A flor é ligeiramente espinhosa, com caule grosso e rígido. As hastes atingem de 40cm a 70cm.

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Outra qualidade importante é sua durabilidade, que pode chegar a 15 dias. Essas características de novas texturas e cores acompanham a tendência mundial de arte floral, com um estilo mais botânico. Além disso, trata-se de uma flor bem versátil no uso por servir tanto para a confecção de buquês e arranjos, quanto para decorar ambientes internos. Embora a planta tenha como principal centro de origem os países dos Alpes, na Europa, algumas variedades são encontradas no Brasil.

Rosa Wasabi – Swart Rosas Andradas

Essa variedade criada pelo breeder holandês Schreus, chega na cor verde em formato sinuoso. Cada flor tem entre 45 a 55 pétalas e hastes que variam de 60 a 70 cm. Além da beleza, são de ótimas para a decoração porque têm pouco espinho e são de fácil manuseio. Elas já estão sendo comercializadas, mas a previsão é que cheguem com tudo ao mercado em novembro.

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Dianthus dobradas – LisaFlora/Holambra

A dianthus dobrada, da série Oscar, destaca-se por ser uma planta compacta, de formação arredondada (estilo bolinha), muito florífera, de folhagem perene e muito resistente a ambientes internos (duas e três semanas) e externos (entre dois a três meses). Suas flores são grandes e com multipétalas. Podem ser encontradas em diversas cores quentes e bem definidas: vermelha, rosa claro, branca, salmon, maravilha e mesclada. Novas cores serão lançadas em breve. Sua fragrância é suave e pode ser sentida principalmente ao cair da noite. São da família das cravíenas, muito resistentes a sol e à seca. Plantas de florescimento contínuo, podem ser encontradas o ano todo. 

Como são plantas super compactas, podem ser usadas em beirais, floreiras e vasos delicados nas janelas e mesas, dando um toque suave e aromatizando o ambiente. Não necessitam de irrigações frequentes – são bem tolerantes à seca – o que auxilia na sua manutenção. Devem ser irrigadas a cada 3 ou 4 dias, ou quando o solo estiver seco. A dica é apenas umedecê-lo e evitar encharcamento. Originárias da Eurásia (formada pela Albânia, Alemanha, Andorra, Arménia, Áustria, Bielorrússia e Bélgica), as Dianthus datam do início do milênio, tendo sido cultivadas por gregos e romanos no início das civilizações. Substratos bem drenáveis, solos mais arenosos e locais mais secos são indicados. A adubação deve ser mensal. Seu ciclo, do plantio até a colheita, é de, aproximadamente, quatro meses. São produzidas em Holambra, em estufas com reuso de água, sol pleno e pouco consumo de água. Sua produção está sendo expandida. Pode ser encontrada em floriculturas, gardens centers, supermercados e lojas pet.

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